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Déa Vasconcelos Sampaio (1928-2014)

Minas Gerais era sua 'religião'

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Para Déa Vasconcelos Sampaio, Minas Gerais era quase uma religião. Não tinha comida melhor que a mineira. Cidade mais bonita que Ouro Preto, sua terra natal, então, nem pensar.

Depois que se mudou para São Paulo, voltava ao Estado vizinho quando um dos filhos estava para nascer. Viagens de férias com as crianças também eram para lá.

O amor por Minas era grande, mas ela o dividia com outras três paixões: a família, a música e a religião católica.

Nascida em uma tradicional, numerosa e unida família de Ouro Preto, Déa foi estudar música ainda pequena, como os outros irmãos. O pai, apesar de militar, fazia questão que todos aprendessem algum instrumento.

Ela dedicou-se ao piano. O modelo alemão que ganhou na adolescência a acompanhou pelo restante da vida. Deu aulas particulares e também gostava de fazer recitais em casa; tocava muito Beethoven --"Sonata ao Luar" era sua favorita--, chorinho e tango.

Preocupada com a educação dos filhos, incentivou o estudo de línguas, viagens de intercâmbio e o gosto pela música. A filha, Beatriz Azevedo, é cantora e compositora.

Exercia o catolicismo diariamente, rezando o terço e lendo um trecho da Bíblia, que ficava na sala, aberta em algum salmo ou versículo. Aos domingos, ia à missa.

Lia ainda dois jornais e acompanhava os telejornais. Estava sempre atenta às notícias políticas, para as quais tinha muitos argumentos.

Morreu na quinta (24), aos 86 anos, de causas naturais. Teve cinco filhos e seis netos.


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