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SUS incorpora vacina contra hepatite A para crianças

Imunização é voltada para a faixa etária de um ano a menos de dois

Oferta ocorre dois anos após recomendação de comissão do Ministério da Saúde; inclusão é gradual até setembro

JOHANNA NUBLAT DE BRASÍLIA

A rede pública de saúde passou a oferecer, a partir deste mês, a vacina contra o vírus da hepatite A para crianças na faixa etária que vai de um ano a menos de dois.

Ela será dada em uma única dose e deverá alcançar cerca de 3 milhões de crianças todos os anos.

A inclusão no SUS será gradual. Até setembro, todos os postos de saúde deverão disponibilizá-la de forma contínua, segundo a Saúde.

Atualmente, os centros especializados do SUS já oferecem essa vacina, mas só para casos específicos, como a viajantes de países com concentração do vírus.

Doze Estados começaram a imunizar as crianças em julho --Acre, Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rondônia e Rio Grande do Sul (em Porto Alegre, começará em agosto). Em agosto, mais 12 passarão a ofertar a imunização. Os últimos três --Roraima, São Paulo e Paraná--ofertarão em setembro.

Entre 1999 e 2013, o país registrou mais de 151 mil casos de hepatite A. E, no período de 1999 a 2012, 761 mortes pelo vírus, que infecta por água e alimentos contaminados.

Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde do ministério, avalia que o Brasil está num período de transição da doença, após a melhoria das condições sanitárias.

"As pessoas passam a ter contato com o vírus mais tardiamente. São menos casos, mas cresce o risco de serem casos graves", afirma ele.

Segundo a Saúde, entre 2% a 7% dos casos evoluem para a forma grave da doença.

ATRASO

A oferta da vacina já tinha sido recomendada há dois anos pela Conitec, comissão do ministério que avalia a incorporação de novas tecnologias na rede pública.

No relatório de 2012, a Conitec sugeria a oferta da imunização em duas doses: aos 12 meses e aos 18 meses.

Barbosa justifica o intervalo de dois anos pela preparação da rede para a inclusão de mais uma vacina e pelas negociações para a produção nacional do produto.

Nesse período, diz, estudos no exterior indicaram que uma dose é suficiente.

Renato Kfouri, presidente da Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações) diz conhecer uma experiência internacional do uso de apenas uma dose, na Argentina. Segundo ele, o país teve resultados positivos até o momento.


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