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USP corta ponto de grevista; Unicamp adia volta às aulas

Paralisação iniciada há mais de 2 meses atrasa colações de grau e ameaça eventos

Docentes e servidores querem reajuste, mas universidades passam por crise; negociações estão emperradas

FELIPE SOUZA DE SÃO PAULO LUCAS SAMPAIO DE CAMPINAS

Há mais de dois meses em greve por reajuste salarial, professores e funcionários da USP foram informados de que não receberão pelos dias parados. O desconto começa no próximo pagamento, em 6 de agosto. Os servidores já podem ver pelo sistema interno quantas faltas têm.

Também enfrentando uma paralisação nesse período, a Unicamp decidiu nesta quarta (30) adiar o início das aulas do segundo semestre.

Segundo a universidade, os alunos deveriam retomar os trabalhos na segunda (4), mas a previsão mais otimista é que isso ocorra em 1º de setembro, caso os problemas se resolvam "no menor prazo possível".

A reitoria disse que o motivo é o atraso no lançamento das notas e frequências do primeiro semestre. Ainda não foram inseridas no sistema as informações referentes a cerca de 25% dos estudantes.

Esse atraso afetou as colações de grau dos formandos do primeiro semestre. Elas deveriam começar na semana que vem, mas "serão efetuadas conforme for concluída a inserção das notas".

A USP informou que o lançamento das notas também foi prejudicado. Sem elas, a matrícula do segundo semestre não poderia ser feita, mas a reitoria alterou o sistema para permitir o cadastro.

EVENTOS

Eventos das duas universidades também estão incertos por causa das paralisações.

Na USP, a greve pode afetar a Feira de Profissões, marcada para a próxima semana.

O evento é destinado a estudantes do ensino médio, que vão à universidade para conversar com professores, alunos e professores.

O Sintusp (sindicato dos trabalhadores da USP) diz que o centro esportivo, onde está prevista a feira, está fechado. A universidade informa que ela ocorrerá normalmente.

Não há previsão para o fim da greve, já que as negociações estão emperradas.

Caso ela se estenda muito, pode afetar o UPA (Unicamp Portas Abertas), que atrai estudantes de todo o Brasil para conhecer o campus principal, em Campinas (a 93 km de SP). Há 12 mil inscritos, diz a reitoria, e a previsão é receber 50 mil pessoas em 30 de agosto.

Professores e servidores das duas universidades --e os da Unesp, também em greve-- pedem reajuste de 9,78%.

Em crise, as instituições dizem que não podem conceder o aumento, pois o gasto com a folha de pagamento já está excessivo --na USP, chega a 104% do orçamento.

A próxima reunião de negociação está prevista para o dia 3 de setembro.


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