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Irvany Bedaque Ferreira Frias (1931-2014)

Uma 'diva' dedicada ao piano

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Irvany era uma "diva", e divas não fazem comida, brincava a família para justificar a falta de talento da pianista com as panelas ou outros afazeres domésticos.

Dedicada à música desde os cinco anos de idade, Irvany era uma artista 24 horas por dia. Quando não estava dando aulas ou tocando para familiares e amigos, passava o tempo pesquisando para escrever livros sobre o tema.

Publicou mais de uma dezena de obras sobre educação musical. Parte delas serviu de cartilha quando a disciplina integrava o currículo da rede pública de ensino.

O marido, Alvaro, até criou uma editora para publicar os livros de Irvany. Apoiava toda e qualquer ideia da mulher. Incentivava saraus --que chegaram a durar até três dias-- e era responsável por chamar os convidados, como Paulinho da Viola, Jair Rodrigues e Os Originais do Samba.

Apesar de ser especialista em música erudita (Chopin era seu favorito), também tocava bossa nova, samba e chorinho. Adorava Toquinho e Vinicius de Moraes.

Durante a ditadura, chegou a ser detida por criticar, em um congresso, a falta de apoio do governo na criação da associação de professores de educação musical e artística da cidade de São Paulo.

Bonita e elegante, maquiava-se até o final da vida e nunca passava despercebida. Com seu jeito alegre, chamava ainda mais atenção quando cantava em francês --estudou na Sorbonne, em Paris.

Era diabética. Morreu na quarta (23), aos 83. Viúva desde 1995, após 44 anos de casamento, deixa a filha, Vana, e as netas, Jade e Mayra.


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