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Queda na produção de água não deteve crise no sistema

Ações tomadas podem ter relação com desabastecimento, dizem especialistas

Medida da Sabesp para poupar água, redução da pressão na rede segue mesmo princípio de rodízio, diz professor

DE SÃO PAULO

Embora expressiva, a queda na produção de água no Cantareira não foi suficiente para recuperar o sistema e pode, ainda, estar relacionada às queixas de desabastecimento em São Paulo, de acordo com especialistas.

Para o professor de engenharia da FEI Jorge Giroldo, o sistema continua esvaziando em ritmo preocupante (cerca de 0,2 ponto percentual por dia) e registrando níveis muito baixos --ontem, de 15,6%.

"Ainda temos bastante volume morto' [reserva de água do fundo das represas], mas, se não chover a partir de setembro, estaremos em situação lastimável", afirma.

O professor da Unicamp Edevar Luvizotto Jr. diz que uma das principais medidas de economia, a diminuição na pressão da água, pode ter "implicações severas".

"Obteve-se uma redução de água grande com esse recurso. O preocupante é se, para isso, estão fechando totalmente as válvulas, o que pode causar a entrada de contaminantes na tubulação."

Luvizotto explica que isso pode acontecer quando a pressão nos tubos fica negativa, fazendo-os "sugar" poluentes do solo ou de redes de esgoto próximas.

Diz, porém, que a pressão pode ser gerenciada tanto para controle de perdas como para rodízio. "O princípio é o mesmo. No racionamento, a pressão da água cai ao mínimo, mas não chega a zero para não danificar a rede", diz.

A Sabesp afirma que reduz a pressão durante a noite dentro dos padrões da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e que, sem as ações que adotou, 8,8 milhões de pessoas enfrentariam rodízio de 72 horas sem água para 36 horas com.


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