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Passarela de Congonhas será substituída

Depois de dez anos de discussão, prefeitura decide remover estrutura metálica comprometida em vez de reformá-la

Reforma da estrutura projetada por Vilanova Artigas foi objeto de ação do Ministério Público de SP em 2010

VANESSA CORREA DE SÃO PAULO

Chega ao fim a polêmica da passarela do aeroporto de Congonhas, projetada por Vilanova Artigas (1915-1985), um dos grandes mestres da arquitetura brasileira.

Depois de dez anos de discussões, promessas de recuperação e uma ação do Ministério Público de São Paulo, a deteriorada estrutura de metal não ganhará nem reforma nem adaptação, como projetos anteriores propunham.

Em vez disso, a prefeitura decidiu remover a atual travessia e construir outra passarela no lugar dela.

A obra já tem recurso alocado pela Secretaria de Planejamento, e uma licitação será aberta após o projeto ser aprovado pela comissão de acessibilidade.

Na passarela que existe hoje não há rampas, e o acesso tem que ser feito por escadas. A estabilidade de sua estrutura também foi questionada em abril do ano passado pelo engenheiro civil Vagner Landi, que analisou o local a pedido da Folha e recomendou sua interdição.

"Além da ferrugem que compromete a estrutura e as grades, surgiu um vão entre a passarela e o pilar em frente ao aeroporto. O peso está apoiado de um lado só", disse o engenheiro então.

Segundo ele, rajadas de vento e a trepidação dos carros que passam embaixo poderiam, no limite, levar a estrutura a desabar.

A passarela faz a ligação de pedestres do aeroporto ao bairro do Campo Belo, passando por cima da avenida Washington Luiz. É muito usada por comissários de bordo, funcionários do aeroporto e passageiros.

Em 2005, a gestão José Serra (PSDB) já havia anunciado a reforma e a adaptação da estrutura, com instalação de cobertura e elevadores.

A Infraero arcaria com 25% dos custos e a Apas (Associação dos Amigos da Passarela de Congonhas) se comprometia a bancar o restante.

A reforma não saiu do papel e, em 2010, o Ministério Público de São Paulo entrou com uma ação contra a obra, por entender que ela atendia a interesses privados de empresários de hotéis próximos.

O Conpresp, órgão do patrimônio histórico municipal, também já deu aval para a obra. Embora a passarela não seja tombada, ela está na área de influência do aeroporto, este sim protegido. Daí a necessidade de autorização.


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