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Casal morre com sinais de envenenamento

Caso ocorreu na zona sul de São Paulo; Polícia Civil investiga as hipóteses de intoxicação acidental ou criminosa

Filho que saía do banho pediu socorro e contou ter encontrado o pai caído e a mãe desacordada na sala

DE SÃO PAULO

Um casal com sinais de envenenamento morreu nesta sexta-feira (15) após passar mal dentro de um apartamento no Campo Belo, zona sul de São Paulo. O filho também sentiu-se mal, foi internado, mas não corre risco de morrer.

A Polícia Civil investiga se houve uma intoxicação acidental ou criminosa. Nesse caso, investigam-se as hipóteses de homicídio e suicídio.

As vítimas são o engenheiro aposentado da Siemes Heiji Sato, 68, e a mulher dele, Jane Gelse Padilha Donadio Sato, 62. Eles não tinham sinais de agressão, segundo o delegado Caetano Paulo Filho, da 2ª Delegacia Seccional Sul.

Na madrugada desta sexta, o filho do casal, Danilo César Padilha Sato, 25, ligou para os bombeiros contando ter encontrado os pais desacordados. Quando o socorro chegou, os três estavam desmaiados na residência, no edifício Mansão Tino Rossi, na rua João de Sousa Dias.

Sato já estava morto. Jane e Danilo foram levados ao Hospital São Paulo. À tarde, a mulher morreu.

Segundo a polícia, foi encontrado sob o idoso um frasco de inseticida aerossol.

O delegado titular do 27º DP (Campo Belo), Marcos Gomes de Moura, ouviu o filho do casal no hospital.

À polícia Danilo afirmou ter saído do banho e se deparado com o pai caído no corredor e com a mãe desmaiada em uma poltrona da sala, com marcas de vômito.

Ele pediu socorro, mas contou ter sentido falta de ar e desmaiado também, só vindo a acordar no hospital --ainda não se sabe se o desmaio foi causado pela mesma substância que teria intoxicado os pais ou se foi por outra razão.

Formado em comunicação social, segundo a polícia, Danilo é filho único do casal.

Ainda de acordo com a polícia, o jovem relatou que a família tinha um convívio harmonioso, embora a mãe estivesse doente e o pai tivesse sofrido um problema cardíaco recentemente.

LAUDOS

"O primordial neste caso são os laudos [necroscópicos]. Estão sendo feitos exames minuciosos nas vísceras dos mortos", afirmou o delegado Moura. O prazo para os laudos do IML ficarem prontos é de 30 dias.

Segundo Moura, a polícia tem "três linhas de investigação", que ele preferiu não revelar até coletar mais provas.

A reportagem apurou que a polícia praticamente descarta a possibilidade de intoxicação pelo inseticida --que, segundo médicos consultados pelos policiais, não teria poder de matar humanos.

Moura também afirmou que peritos vão verificar se o apartamento tem sistema de gás encanado, para encontrar eventuais vazamentos, entre outras investigações.

Ainda nesta sexta foram ouvidas duas vizinhas do casal, que disseram que a família levava uma vida normal e que desconheciam episódios anteriores de violência.

Na próxima semana, mais familiares e vizinhos deverão prestar depoimento no 27° DP.


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