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Pai de jogador do Flamengo nega ligação com milícia no Rio
Mesma versão foi dada pelo meia Luiz Antonio em depoimento
Luiz Carlos Francisco Soares, 46, pai do jogador do Flamengo Luiz Antonio, 23, --investigado sob suspeita de envolvimento com a milícia Liga da Justiça na zona oeste do Rio-- negou ligação dele e do filho com o grupo criminoso.
Após depor na Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), na tarde desta sexta-feira (15), no centro do Rio, Soares afirmou aos jornalistas que teve um carro roubado.
A mesma versão foi relatada por seu filho em depoimento nesta quinta-feira (14).
Segundo as investigações, o jogador teria dado o carro de presente ao policial civil Alexandre da Rocha Antunes, preso na semana passada sob suspeita de integrar a milícia. Depois, diz a polícia, foi registrada uma queixa de roubo do veículo.
Luiz Antonio e o pai são investigados por estelionato e correm risco de ser indiciados por formação de quadrilha.
A milícia Liga da Justiça é acusada de torturar, extorquir e assassinar moradores da zona oeste do Rio.
"Alexandre [Antunes, policial que se apresentava como irmão de criação do jogador] é meu conhecido. Só isso. Nem eu nem meu filho temos envolvimento com a milícia. Fui à delegacia que mandaram eu ir e fiz as declarações que tinha que fazer.. só isso", disse Soares, na saída da delegacia.
O pai do jogador contou detalhes de como foi o roubo do carro. Ele deixou o local acompanhado de um advogado, que não quis falar com a reportagem. O delegado Alexandre Capote, responsável pela investigação, também não deu entrevista.
Nesta quinta-feira (14), o meia Luiz Antonio admitiu, em depoimento, ser amigo de Antunes. Ele negou, no entanto, ligação com o grupo.
Na semana passada, 21 pessoas foram presas em uma operação para desarticular a milícia, que controlava seis condomínios do Minha Casa, Minha Vida no Rio.
