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Dirigente da Santa Casa promete rever salários e gastos

Novo superintendente cita hospital privado do grupo, que deveria dar lucro, mas gera prejuízo de R$ 1 milhão/mês

Irineu Massaia afirma que vai precisar de 18 a 24 meses para colocar o complexo hospitalar 'nos trilhos'

DE SÃO PAULO

O novo superintendente da Santa Casa de São Paulo, Irineu Massaia, 38, promete rever salários da diretoria que estejam acima dos valores praticados pelo mercado. "A começar pelo meu próprio", afirmou à Folha.

"É um compromisso meu: a qualquer tempo, a partir de já, estou disposto a rever se existe alguma inadequação ou salário de marajá", disse.

Massaia trouxe funcionários de sua confiança para a cúpula da gestão profissional da Santa Casa, que possui também cargos voluntários ocupados por membros da irmandade que a gere.

O superintendente afirmou que pretende fundir certas funções como forma de diminuir as despesas com pessoal.

É o caso da coordenação das OS (organizações sociais) da Santa Casa, que gerem unidades públicas. Antes dividida entre a pasta de gestão estadual e a de gestão municipal, ela foi centralizada.

Sobre eventual devolução de unidades para o Estado ou para o município, ele afirmou que "existe a possibilidade". Mas enfatizou que, em sua avaliação preliminar, a situação remete para a necessidade de modernização da gestão.

"Quer uma prova cabal de gestão inadequada? Nós temos um hospital privado, cujo objetivo é ter lucro para investir nas causas da Santa Casa. As duas unidades do Santa Isabel geram deficit de cerca de R$ 1 milhão por mês", criticou o superintendente.

Possíveis devoluções de unidades públicas não seriam decididas pela superintendência. "É uma conversa com todas as partes envolvidas."

Até 2007, a Santa Casa tinha 12 unidades. Hoje são 39. "Todos os hospitais da irmandade são deficitários", avalia Massaia. "Em uma instituição assim, é muito mais fácil, rápido e certeiro administrar o que é nosso. Não quero ser megalomaníaco", disse.

Massaia afirmou que, de acordo com seu planejamento estratégico inicial, serão necessários de 18 a 24 meses para colocar a Santa Casa "nos trilhos". Em relação à dívida, que passa de R$ 450 milhões, "leva anos".

BAIXA PRODUTIVIDADE

O superintendente afirma que a baixa produtividade do hospital central da Santa Casa é reflexo da má gestão.

"Não tem velocidade de informação gerencial, não tem uma controladoria. Isso impacta diretamente na dinâmica de quem assiste, por mais que os funcionários tenham vontade de atender bem."

Auditoria em curso da Secretaria Estadual da Saúde mostrou que a média de atendimentos da instituição é inferior à média dos demais hospitais de ensino paulistas.

"O meu ideal é chegar sempre a 100% [das metas]. Se isso não ocorrer, me comprometo a ver detalhes sobre a administração para aumentar a capacidade de entrega".


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