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Outro lado

Atual gestão afirma que modernizou a Santa Casa

Hospital não comentou dados da auditoria; em material de divulgação, diz que ampliou leitos, unidades e atendimentos

DE SÃO PAULO

A gestão de Kalil Rocha Abdalla, iniciada em 2008, afirma ser a responsável pela ampliação e modernização da Santa Casa de São Paulo.

Em materiais produzidos pela provedoria com balanços do período entre 2008 e 2013, a instituição considera ter dado um salto de qualidade no atendimento e na gestão do complexo. Procurados pela Folha, porém, Abdalla e a provedoria não comentaram os dados da auditoria.

Nos livros de divulgação da gestão, são listadas as 27 unidades adquiridas no período. O total hoje é de 39, distribuídas pela Grande São Paulo.

Os leitos passaram de 1.878, em 2007, para 2.510, em 2013.

A entidade afirma ter aumentado o número de atendimentos anuais de 2 milhões para 3,5 milhões no período.

O pente-fino feito pela Secretaria Estadual da Saúde mostra que a produtividade da Santa Casa de São Paulo é inferior à média dos 47 hospitais de ensino vinculados ao SUS no Estado.

De acordo com a atual gestão, os investimentos para a ampliação eram uma demanda antiga da mesa administrativa --que exerce papel de conselho de administração da provedoria.

Conforme diz a gestão Abdalla em material de divulgação, a "atualização da infraestrutura" era necessária, pois "historicamente esteve em segundo plano".

SANTA ISABEL

Uma das conquistas no período, segundo a provedoria, é a "ampliação e modernização" do Santa Isabel, hospital privado cujo objetivo seria o de aumentar a receita do complexo hospitalar.

O novo superintendente da Santa Casa, no entanto, afirmou que as duas unidades do Santa Isabel geram deficit mensal de R$ 1 milhão.

Em entrevista à Folha publicada na última sexta-feira (26), Irineu Massaia disse que o Santa Isabel é a "prova cabal de gestão inadequada".

Massaia assumiu a superintendência há uma semana. Seu antecessor, Antonio Carlos Forte, pediu demissão depois de a Folha revelar seu contrato de consultoria com o principal fornecedor de materiais da Santa Casa, o grupo Andrade Gutierrez.

Forte era sócio de Hercílio Ramos, tesoureiro que também pediu para deixar a função. Ambos receberam, a título de consultoria, ao menos R$ 100 mil do grupo Andrade Gutierrez.

A empresa afirma que a consultoria foi legítima. Forte e Ramos disseram que não causaram ônus à Santa Casa.

A Santa Casa tem uma gestão profissional, comandada pelo superintendente, e uma gestão voluntária, encabeçada pelo provedor.


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