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João Donato Neto (1936-2014)

Uma vida numa pizzaria do Brás

STEFANIE SILVEIRA DE SÃO PAULO

O sabor de pizza favorito de João Donato Neto, 77, era tradicional: mozarela. Mas ele não foi um paulistano qualquer. Desde 1987, esteve no comando da cantina Castelões, uma das pizzarias mais tradicionais de São Paulo, no Brás, que fez fama com a massa grossa e borda farta.

Há 90 anos, o local mantém as raízes e as toalhas quadriculadas, vermelhas e brancas.

Nos anos 1950, ele já trabalhava na pizzaria com o pai, que comprou o restaurante fundado em 1924. Ali, Donato Neto gostava de criar pratos novos para o cardápio e observar de perto a produção.

Dedicava suas folgas, sempre às quintas-feiras, para viajar para o interior e para o litoral de São Paulo e conhecer restaurantes novos.

Nos últimos anos, passava mais tempo em casa na companhia dos filhos e da mulher, que lhe fazia um de seus pratos prediletos: arroz, bife e batatas fritas.

Era casado havia 47 anos com Maria de Lourdes Figueiredo Donato, 79, que o descreve como "muito amoroso". "Eu descia as escadas de casa, ele me olhava e dizia: como você está bonita."

Apesar de sua ligação com a família --"meu pai era meu amigo, ele sempre se doou ao máximo", disse seu filho--, não era muito afeito ao Natal. Em sua opinião, a data ficou apenas comercial.

Morreu no hospital no último domingo, 28 de setembro, pouco antes de completar 78 anos, em consequência de uma pancreatite.

João Donato Neto deixa a mulher e os filhos Fabio e Andrea Donato. A missa de sétimo dia será realizada neste sábado (4), na paróquia Bom Jesus do Brás, às 17h.


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