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Luiz Agostinho da Silva Brandão (1917-2014)

Levou a música às ruas de Barretos

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Filho do primeiro intendente de Barretos (SP), Luiz Agostinho da Silva Brandão era um entusiasta da cidade que o pai, Raphael da Silva Brandão, chefiou por dois anos.

Responsável pela criação da Academia Barretense de Cultura e um dos fundadores de Os Independentes, associação que organiza a Festa do Peão de Boiadeiro, Luiz queria levar para a cidade a cultura que viu no Rio e em São Paulo, onde estudou.

Dentista, dedicava seu tempo livre à música --tocava piano e violão-- e à escrita.

"Ele estava sempre rodeado de amigos que queriam ouvi-lo tocar violão", conta Mussa Calil Neto, ex-presidente de Os Independentes.

O clube, inclusive, nasceu em 1955 durante uma conversa de bar, quando os amigos decidiram promover uma festa popular para arrecadar recursos para entidades assistenciais. Os integrantes tinham de ser solteiros, independentes financeiramente e com mais de 22 anos.

Luiz estava sempre atrás de novidades e na década de 60 criou o "serestão", competição entre músicos, na madrugada que antecedia o início da Festa do Peão, em que tocavam e cantavam pelas ruas. Uma vez, tocou piano na caçamba de uma camionete.

Depois de aposentado, ainda tocava piano em reuniões com os amigos e ia a bailes com Jeronima, com quem foi casado por mais de 50 anos.

Passou a ter problemas de saúde há cerca de três meses, após a morte da mulher --"talvez tenha sido a saudade", afirma a família. Morreu no sábado (4), aos 97 anos, de insuficiência respiratória. Deixa as duas filhas, Maria Aparecida e Rita de Cássia.

coluna.obituario@uol.com.br


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