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Baixo volume pode aumentar risco de contaminação, diz estudo

ARTUR RODRIGUES DE SÃO PAULO

A ação proposta pelo Ministério Público Federal e pelo estadual alerta para o aumento do risco de contaminação da água por metais pesados no caso da retirada da segunda cota do "volume morto" do Cantareira.

Com base na análise de especialistas, o documento aponta que, conforme o volume do reservatório fica mais baixo, maior é a chance de poluentes que ficam no fundo das represas contaminarem a água usada para abastecimento da população.

Ao apresentar os riscos, porém, o documento não revela nenhum indício de que a contaminação esteja acontecendo. Já a Sabesp afirma que garante a qualidade da água distribuída à população.

"A própria sucção das bombas [usadas para retirar o volume morto] pode revirar e trazer esses sedimentos para a coluna d'água", afirma a professora da Universidade Metodista de Piracicaba, Silvia Regina Gobbo, uma das especialistas consultadas.

Quando consumidos, os metais pesados podem ficar acumulados em órgãos como rim e cérebro.

O que agravaria a situação, em caso de contaminação, é que os efeitos sobre o corpo humano podem demorar a ser percebidos.

Silvia disse à Folha que deveria haver uma estrutura para que a Sabesp (empresa de saneamento estadual) fizesse testes complexos como o de metais pesados em larga escala. "Nosso sistema de captação não está sempre preparado", afirmou.

A crise hídrica também afeta rios que fazem parte das bacias PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí).

De acordo com ela, a baixa vazão que chega às bacias tem causado alta concentração de poluentes.

Um dos sintomas é a mortandade de peixes, devido à baixa concentração de oxigênio na água.

A ação na Justiça prevê que a situação pode levar a um colapso no abastecimento de cidades como Campinas, tanto pela escassez hídrica quando pela concentração de poluentes na água.

A Sabesp diz que a água que leva à população tem boa qualidade. "A água é analisada pelos mais modernos laboratórios do mundo", afirmou a estatal, em nota.

O processo de tratamento inclui também a retirada de metais pesados, de acordo com a empresa.

A Sabesp afirmou ainda que a região de Campinas já é abastecida pela reserva "há anos". Também disse que a Cetesb (agência ambiental paulista) já atestou a qualidade da água.


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