Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Pacientes começam fila às 2h para marcar consulta em posto municipal

Agendamento em UBS do Rio Pequeno, zona oeste da cidade, é feito apenas uma vez por mês

Espera na fila é de ao menos 5 horas; unidade também enfrenta falta de médicos, afirma conselheiro

ANA FLÁVIA OLIVEIRA DO “AGORA”

Os pacientes que precisam marcar consultas com o clínico geral na UBS José Marcílio Malta Cardoso, no Rio Pequeno (zona oeste), têm que aguardar pelo menos cinco horas na fila, que começa a ser formada de madrugada, por volta da 2h.

Ontem, às 6h50, 253 pessoas aguardavam a abertura da unidade, às 7h.

Segundo pacientes e funcionários, o problema começou em setembro, quando uma nova gestora assumiu o posto e centralizou as marcações de consultas nos três primeiros dias úteis do mês.

"A marcação começa no primeiro dia útil do mês. Tem um número de vagas estabelecido e, se sobrar, os funcionários continuam marcando até acabar", disse Oscar Pierrote Martins, conselheiro da equipe gestora da unidade.

Ontem, eram marcadas apenas consultas com clínico geral; hoje, para ginecologista e amanhã, pediatra.

PREFEITO

Em maio do ano passado, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) afirmou que a prática fugia "às regras estabelecidas pela secretaria [da Saúde]" e garantiu que o padrão de atendimento é a marcação diária.

Os atendentes da UBS não informam o número de vagas. Por isso, os pacientes não se arriscam a perder o primeiro dia de agendamento e serem obrigados a esperar até o mês seguinte.

Além da fila, há falta de médicos na unidade. Dos três clínicos que deveriam trabalhar no local, um se aposentou e não foi reposto e outro está em férias, diz Martins.

A prática é condenada pelo médico sanitarista e doutor em saúde pública Paulo Puccini. Ele diz que marcação em apenas um dia é "uma prática errada", que dificulta o acesso à saúde.

"Por isso prontos-socorros e AMAs [Assistências Médicas Ambulatoriais] ficam cheios", diz.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página