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Docentes e funcionários param na PUC

Movimento na universidade foi iniciado por alunos, que decidiram suspender paralisação só após retirada de nomeação de reitora

Fundação mantenedora declarou que escolha é prerrogativa de cardeal e reafirmou respeito a regras da universidade

JOELMIR TAVARES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Professores e funcionários da PUC-SP aderiram ontem à greve na universidade, iniciada anteontem pelos alunos em protesto contra a nomeação da nova reitora, Anna Maria Marques Cintra, 73.

"Queremos que o candidato mais votado seja empossado, respeitando a vontade da comunidade universitária", afirmou Victoria Weischtordt, presidente da Apropuc (associação de professores).

A Afapuc (associação dos funcionários) espera, com a paralisação, convencer Cintra a recusar a escolha.

"Não temos nenhuma ilusão de que o cardeal [dom Odilo Scherer] volte atrás", disse Nalcir Ferreira Junior, presidente da entidade.

Os professores devem começar a se reunir amanhã para definir as ações durante a paralisação. Nos próximos dias, eles vão divulgar um novo manifesto repudiando a atitude do cardeal.

A greve, por enquanto, está restrita ao campus Perdizes (zona oeste), mas deve se estender a outras unidades.

Terceira colocada na eleição, em setembro, a professora de letras Anna Cintra foi escolhida para o cargo pelo cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo e grão-chanceler da PUC.

O estatuto da universidade dá a ele o direito de nomear o reitor a partir de uma lista tríplice. A atitude causou insatisfação porque é a primeira vez desde o início da eleição para reitor, em 1980, que o candidato mais votado não é nomeado.

O primeiro colocado foi o atual reitor, Dirceu de Mello. Em agosto, os três concorrentes assinaram um documento se comprometendo a não assumir o posto se não vencessem a eleição.

Os estudantes decidiram manter a greve até a retirada da nomeação. Eles prometiam desocupar até a noite de ontem o prédio da reitoria.

Anna Cintra não quis se manifestar sobre as críticas nem falar sobre o compromisso que assinou. A decisão de dom Odilo Scherer está mantida, segundo a assessoria de imprensa dele.

Em nota, a Fundação São Paulo, mantenedora da PUC, declarou que "a escolha do reitor e do vice-reitor é prerrogativa do cardeal". No texto, a fundação e a PUC-SP reafirmaram "seu compromisso com a liberdade de expressão e com o cumprimento de seus estatutos".


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