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Defesa de Bruno muda versão e diz que Eliza está viva

Goleiro e mais quatro réus serão julgados a partir de amanhã sob a acusação de sequestrar e matar modelo

Advogado diz que ex-padrasto de Bruno ajudou Samudio a fugir para a Europa, após passar pela Bolívia

PAULO PEIXOTO DE BELO HORIZONTE ROGÉRIO PAGNAN DE SÃO PAULO

Protagonista de um dos casos policiais de maior repercussão no país nos últimos anos, o goleiro Bruno começa a ser julgado amanhã com uma nova versão para o desaparecimento da modelo Eliza Samudio.

A trama de personagens marcantes -o atleta pobre elevado a ídolo, a amante grávida em busca de fama, o escudeiro fiel- entra na fase final. Mas pode se estender por até dez dias.

O advogado Rui Pimenta diz não considerar mais que a ex-amante de Bruno tenha sido morta em trama arquitetada à revelia do goleiro por Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ex-secretário pessoal dele.

Agora a defesa diz que a moça "está viva". O advogado apresentou carta de um ex-padrasto de Bruno, preso por tráfico em Governador Valadares (MG), dizendo que ajudou Eliza a ir para a Europa após passar pela Bolívia.

Pimenta diz que vai requerer a presença desse ex-padrasto no julgamento como testemunha de Bruno.

Para o promotor Henry de Castro, a afirmação é "ridícula" e uma "tentativa de estelionato contra a sociedade".

Questionado sobre a mudança de versão, o advogado de Bruno disse: "Quando assumi esse caso, o processo tinha 6.000 páginas e hoje tem mais de 10 mil. Procurei as provas [da morte] e elas não existem". Ele disse ainda ter achado que fosse um "caso de homossexualismo" por causa da tatuagem que Macarrão fez nas costas, em que chama sua amizade com Bruno de "amor verdadeiro".

Para advogados que atuam no caso, porém, a defesa de Bruno foi forçada a recuar porque não conseguiu fazer com que Macarrão assumisse a culpa sozinho. Defensores dos outros réus sempre afirmaram não haver crime.

MULHERES

Bruno conheceu Eliza em uma "orgia", conforme disse em novembro de 2010 à juíza do caso, Marixa Rodrigues. Eliza se dizia modelo e participou de um filme pornô.

As festas regadas a prostitutas e muitas mulheres eram rotina na vida de Bruno. Três dias após o desaparecimento de Eliza, ele patrocinou uma em Angra dos Reis (RJ).

Preso desde julho de 2010 na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, Bruno agora tem outra vida: trabalha na biblioteca da unidade e se dedica a leituras da Bíblia.

De alento, a TV, que divide com outros presos, e as visitas quinzenais que recebe da noiva, a dentista Ingrid Calheiros Oliveira.


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