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Aurélio Incerti (1927-2012)

Tentou aproximar Itália e Paraná

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Além de distração, Aurélio Incerti buscava nos gibis do Tio Patinhas um meio de aprender o português. Italiano que chegou ao Brasil por volta dos 19 anos sem saber uma única palavra do idioma falado por aqui, habituou-se tão bem à nova língua que ninguém dizia que era estrangeiro apenas por ouvi-lo falar.

Nascido em Milão, teve de sair de sua cidade quando a Segunda Guerra estourou. No sul da Itália, trabalhou para a Cruz Vermelha, ajudando vítimas do conflito. Ainda passou por Gênova antes de vir para a paranaense Maringá, onde uma irmã sua já vivia.

Filho de um funcionário de curtume na Itália e de uma dona de casa, montou uma serralheria no Brasil. Ficou no ramo por cerca de 25 anos e, na década de 80, abriu uma loja de móveis de ferro.

Não havia retornado a sua terra natal até que, nos últimos anos, passou a colaborar com um programa do governo paranaense de aproximação entre Brasil e Itália.

Levava à Europa empresários do Paraná que queriam investir na Itália e trazia ao Brasil conterrâneos interessados em negócios brasileiros.

Pioneiro da comunidade italiana em Maringá, ajudou muitos patrícios a se estabelecerem na cidade, como conta o filho Marco Aurélio, que descreve o pai como um típico italiano: sempre agitado, gesticulando e falando alto.

Aos fins de semana, vivia no country club da cidade, do qual foi cofundador. Era palmeirense e jogava bocha.

Foi casado com Tereza, professora aposentada. Morreu na segunda (12), aos 85, de complicações de um alzheimer e de uma pneumonia. Teve dois filhos e quatro netos.


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