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Análise

Resultado da aparente 'jogada' da defesa de Bruno é imprevisível

LUIZ FLÁVIO GOMES ESPECIAL PARA A FOLHA

Todos os atos protelatórios que foram chamados de 'manobras' pela juíza que preside o julgamento do caso Bruno aparentemente tinham um objetivo muito específico.

Esse, certamente, era favorecer a situação processual do goleiro, que ocorreria caso o acusado Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, viesse a assumir a responsabilidade pelo assassinato de Eliza Samudio, como demonstração do sua anunciada amizade e fidelidade a Bruno Fernandes.

Tal possibilidade, agora plausível, é a única coerente com o estardalhaço no júri.

É difícil prever os atos humanos de maneira categórica -ainda mais em julgamentos, uma vez que no plenário o estado emocional das pessoas fica bastante alterado.

Caso Macarrão venha a assumir a responsabilidade pelos fatos incriminados, isso não significaria automaticamente a absolvição de Bruno. Os jurados podem bem condenar Macarrão e, depois, não aceitar a tese absolutória do goleiro em seu júri, agora previsto para 4 de março de 2013.

De qualquer maneira, o adiamento do processo de Bruno, que ocorreu de forma tumultuada, ao que parece fazia parte de uma estratégia -que pode ou não trazer bons resultados para o réu.

Tudo vai depender do conteúdo da possível confissão de Macarrão, que até hoje não declarou (oficialmente) absolutamente nada sobre o caso.

Os depoimentos colhidos no segundo e no terceiro dia de julgamento foram desfavoráveis aos acusados. Portanto, mesmo que não haja a confissão de Macarrão, ainda assim o promotor poderá alcançar a sua condenação com base nas provas indiciárias existentes no processo.

Tudo dependerá do grau de convencimento que ele transmitirá para os jurados. Restando dúvida, seja sobre a morte, seja sobre a autoria, a tendência é a absolvição.


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