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Lígia de Mello Castanho (1952-2012)

Produtora de reportagens de TV

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Em 1993, Lígia de Mello Castanho contou à Folha uma de suas muitas histórias como produtora e pauteira de reportagens de televisão.

Na década de 80, precisava descobrir por que o então ministro João Sayad havia sido internado. Decidiu se passar por secretária do também ministro na época Marco Maciel e disparou telefonemas.

Aos familiares do político jogou verde: "Então, não chegou a se concretizar o infarto?" Ouviu como resposta: "Muito me admira que o Marco Maciel não saiba que o Sayad está com meningite". Pronto, tinha o que precisava.

Antes de se formar em jornalismo, a paulistana aplicou testes psicotécnicos e trabalhou como vendedora de móveis e instrumentadora cirúrgica. Uma vez na profissão pela qual era apaixonada, atuou apenas em televisão.

Na Record, foi produtora do programa de entrevistas de Ferreira Netto e, de 1986 a 1996, trabalhou como pauteira e produtora na Globo. Era vista como "mãezona" por suas equipes, como lembra o marido, Marcelo Vaz, jornalista.

Descrita como esperta e ousada, envolvia-se nas pautas. Certa vez, foi a uma favela "resgatar" uma mulher que denunciara um grupo criminoso e que, por um deslize, acabou tendo o nome identificado na TV. Levou-a a um abrigo.

Após sair da Globo, tornou-se colaboradora da GW Comunicação. Trabalhava em campanhas políticas desde 1998. Neste ano, fez a de José Serra, da qual teve de sair no meio por motivos de saúde.

Morreu na sexta, aos 60, de câncer. Teve dois filhos. A missa do sétimo dia será na quinta, às 19h, na igreja São Domingos, em São Paulo.

coluna.obituario@uol.com.br


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