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Cotidiano

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Secretário cria gabinete para combater crise na segurança

Oficiais da PM e delegados vão ajudar a definir política contra a violência

Grella afirma que assumiu em 'condições de dificuldade' e que PCC é 'uma das facções' que serão enfrentadas

AFONSO BENITES ROGÉRIO PAGNAN DE SÃO PAULO

São Paulo vive, sim, uma crise de segurança. O PCC não é uma lenda. Era necessário um gabinete com oficiais da PM e delegados para integrar as polícias e planejar a ação contra a criminalidade.

Essas são algumas conclusões do secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, 54, sobre a área que chefia desde 22 de novembro, quando o governador Geraldo Alckmin (PSDB) o nomeou no lugar do demitido Antonio Ferreira Pinto.

As afirmações de Grella contrariam seu antecessor e até mesmo o seu chefe, o governador, que tentaram minimizar o papel da facção criminosa na alta da violência.

No discurso de despedida, Ferreira Pinto afirmou que "crise mesmo" havia em 2006, ano em que houve uma série de atentados do PCC.

"Eu não assumi [a secretaria] em condições normais. Assumi em condições de dificuldade", disse Grella.

Sobre o PCC, o secretário discordou de Alckmin, que disse em 1º de outubro que "havia muita lenda" sobre facções. Naquela ocasião, o governador comentava reportagem da Folha que mostrava que o grupo criminoso estava espalhado por 123 das 645 cidades do Estado e tinha ao menos 1.343 membros.

"Não, não é lenda. O PCC existe", afirmou Grella, em sua primeira entrevista à Folha como secretário.

Para combater a facção, ele diz que não vai criar uma política específica. "Sabemos que há várias facções, vários grupos, vários tipos de crime organizado que não têm sigla e são tão nocivos quanto o PCC. Ela é uma das facções que devem merecer atenção."

Em um primeiro momento, Grella afirmou que não colocará a Rota, grupo de elite da PM, para investigar o PCC, como fez Ferreira Pinto. A Polícia Civil será a responsável.

ANTICRISE

Uma das primeiras ações de Grella para combater a criminalidade foi criar o Centro Integrado de Inteligência -equipe anticrise formada por três oficiais da PM e quatro delegados da Polícia Civil.

O grupo está trabalhando desde anteontem e tem como função reunir informações sobre os principais crimes, apontar o que os motivou e dar diretrizes para o secretário definir os rumos da política de segurança do Estado.

Na entrevista, Grella disse que pretende fortalecer os comandos das polícias, mas que não vê razões para devolver a Corregedoria da Polícia Civil ao comando do delegado-geral. O órgão foi vinculado ao gabinete do secretário desde 2009, por Ferreira Pinto, que não fez o mesmo com a PM.


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