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Escolha de ex-ministro divide meio cultural

DE SÃO PAULO

A escolha do ex-ministro da Cultura Juca Ferreira (2003-08) para o secretariado do prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), dividiu opiniões no meio cultural paulistano.

Enquanto alguns apontaram seu perfil conflituoso como ponto negativo, outros apostaram que, como fez à frente do MinC, Ferreira deve descentralizar recursos e levá-los à periferia da cidade.

Para Paulo Pélico, vice-presidente da Associação dos Produtores de Teatro Independentes, a escolha foi "ideológica". "Ele opera muito no conflito. Só que agora não será Norte e Nordeste contra Sul e Sudeste, mas centro contra a periferia", afirmou Pélico.

"Foi uma escolha positiva. Ele pode trazer a experiência à frente do ministério para democratizar o acesso a recursos e colocar a periferia no circuito cultural da cidade", afirmou Sérgio Vaz, poeta e criador da Cooperifa (Cooperativa Cultural da Periferia).

Durante sua gestão no MinC, Ferreira reiterava que a concentração de recursos da Lei Rouanet no Sudeste prejudicava o resto do país.

Ronaldo Bianchi, secretário-adjunto do Estado da Cultura em São Paulo (2007-10), diz estar curioso para saber "como Juca terá cara para pleitear dinheiro para São Paulo após a cizânia que ele promoveu [no debate sobre recursos da Lei Rouanet]."

Para Eduardo Saron, superintendente do Itaú Cultural, Ferreira é hoje um nome de diálogo. "Ele tem energia para mobilizar instituições culturais, conseguir verba e dialogar com outras secretarias."

A escolha repercutiu ontem nas redes sociais por causa de um texto do colunista da Folha Gilberto Dimenstein intitulado "Haddad precisa importar um baiano?"

No Twitter, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), disse que o texto era xenófobo. Para Dimenstein, seu texto foi mal interpretado.


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