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Cotidiano

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Sete PMs são presos acusados de matar três jovens em julho

Eles são suspeitos de forjar confronto para justificar os assassinatos

Cinco testemunhas afirmaram que vítimas já estavam dominadas; policiais militares negam as acusações

LÉO ARCOVERDE DO “AGORA”

A Corregedoria da Polícia Militar prendeu ontem sete PMs acusados de forjar um confronto para justificar a morte de três suspeitos de roubo na noite de 12 de julho, em Parada de Taipas (zona norte da capital).

Todos negam as acusações.

Anteontem, o órgão prendeu outros seis PMs suspeitos de matar outro jovem (leia texto nesta pág.).

A Corregedoria cumpriu ontem mandados de prisão expedidos pela Justiça depois que testemunhas afirmaram que as vítimas tinham sido assassinadas.

Os policiais haviam alegado que elas morreram após reagirem à abordagem.

São acusados de homicídio doloso (intencional) Ricardo Alexandre de Paula, Adriano Ivo Lozovoi, Leandro Ortiz e Vitor Alexandre Lopes Macedo, do 18º Batalhão; e Ricardo Maragno, Ronaldo Gustavo Machado e Odair Genauro da Silva, do 49º Batalhão.

As vítimas são Douglas Silva de Lima, 18, Emerson Felipe da Silva Souto, 16, e Thiago Pereira Rodrigues, 16.

PERSEGUIÇÃO

Na noite em que eles foram mortos, os sete PMs relataram à Polícia Civil terem perseguido quatro pessoas em um Gol roubado. Três morreram numa troca de tiros e o quarto fugiu, segundo essa versão.

Os policiais acusados contaram, também, ter apreendido, com os suspeitos, uma espingarda, duas pistolas e um revólver.

Cinco testemunhas relataram à polícia que os suspeitos já estavam dominados quando foram baleados. Uma delas contou que um dos acusados jogou um revólver no telhado de uma casa e, gritando, implorou aos PMs para não ser morto.

Outra testemunha relatou, ainda, que um dos PMs perguntou, em tom de ameaça, se quem estava na rua entraria em casa ou também queria ser morto.

Os policiais já haviam matado outros 15 suspeitos em casos relatados por eles como resistência seguida de morte.

OUTRO LADO

Ao serem presos, os sete PMs reafirmaram ontem aos policiais da Corregedoria que atiraram nos três jovens mortos em um revide de disparos efetuados pelos suspeitos.

"Informalmente, em entrevista, eles alegam a mesma versão dada no dia 12 de julho", disse o major Marcelino Fernandes.

Até a conclusão desta edição, eles ainda não tinham sido ouvidos pelos policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Até ontem à noite, nenhum deles tinha constituído advogado para a sua defesa.


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