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Cotidiano

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PM e guardas suspeitos de ataques a caixas são presos

Polícia investiga se outros seis policiais militares fazem parte da quadrilha

Para afastar colegas de serviço da região onde ocorriam os crimes, PM preso informava ocorrências fictícias

DO “AGORA”

A Polícia Civil prendeu na manhã de ontem um soldado da Polícia Militar, dois guardas-civis municipais de Holambra (a 133 km de São Paulo) e outros três suspeitos de explosões de caixas eletrônicos em cidades da região de Campinas (a 93 km da capital paulista).

De acordo com a polícia, o grupo faz parte de uma quadrilha formada por 17 criminosos já identificados -sete deles são policiais militares.

A parte do bando presa ontem foi indiciada sob a suspeita de furtar o dinheiro de oito caixas eletrônicos, em seis municípios. Eles negam a acusação.

Segundo o delegado Celso Marchiori, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), a quadrilha é investigada há seis meses.

Foram cumpridos na manhã de ontem sete mandados de prisão -um suspeito está foragido. Cada uma das seis prisões ocorreu em uma cidade diferente, todas na mesma região onde aconteceram os ataques aos caixas.

De acordo com o delegado, a quadrilha explodia os caixas eletrônicos com dinamites. Por cada ataque, calcula Marchiori, o grupo gerou, em média, um prejuízo de R$ 100 mil aos bancos.

OCORRÊNCIAS FICTÍCIAS

Para afastar os colegas de serviço da região onde ocorreriam os ataques aos caixas eletrônicos, o PM preso ligava para eles e informava a ocorrência de crimes que nunca aconteceram.

Conforme o delegado, o endereço indicado pelo policial era sempre o de um local distante de onde ocorria o furto.

"A participação dos dois guardas-civis municipais se dava dessa mesma forma. Eles informavam ocorrências fictícias para permitir a ação do restante da quadrilha", afirmou Marchiori.

Segundo o delegado, a polícia chegou até a quadrilha porque dois ex-integrantes do grupo concordaram em ajudar na investigação em troca da diminuição de suas possíveis penas. Hoje, essas duas pessoas são testemunhas protegidas pela Justiça.

Marchiori disse ainda que, ao final da investigação, deverá solicitar à Justiça o bloqueio dos bens adquiridos pelos integrantes da quadrilha.

OUTRO LADO

Os seis suspeitos presos negaram ontem, em depoimento à Polícia Civil, o envolvimento nos ataques a caixas eletrônicos.

Até a conclusão desta edição, nenhum deles tinha advogado para sua defesa.

O porta-voz da Corregedoria da Polícia Militar, major Marcelino Fernandes, afirmou ontem à tarde que, caso seja comprovada a acusação feita contra os PMs, eles serão expulsos da corporação.

"Em casos assim, a expulsão se dá antes da conclusão do processo criminal", disse.


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