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Gambiarra da CET não 'cola' e libera vaga perto da Paulista

Plástico fixado com fita adesiva cai de placas de ruas onde é proibido parar

Ideia era esconder exceções que permitiam estacionar, suspensas para reduzir o trânsito durante o fim de ano

ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

A proibição de estacionamento em vias paralelas à av. Paulista era para melhorar o trânsito de São Paulo neste fim de ano. Mas não colou.

As fitas adesivas colocadas pela CET nas placas de proibição de estacionar não estão resistindo ao tempo -várias delas estão caindo.

A camuflagem das placas foi necessária porque a companhia mudou temporariamente os dias e horários em que é proibido parar em um dos lados da alameda Santos e das ruas Cincinato Braga e São Carlos do Pinhal.

A mudança foi implantada no dia 5 e vai até 1º de janeiro.

Na Santos, a proibição, que vigorava de segunda a sábado, das 7h às 23h, passou a incluir o domingo. Nas outras ruas, onde se podia estacionar entre 21h e 7h, o veto agora é integral, todos os dias.

Como as exceções suspensas estão nas placas, funcionários da CET as esconderam com plástico preto, colado com fita adesiva. Na noite de anteontem, vários tinham caído ou estavam em vias de cair.

"Ficou estranho, parece mal feito. Não dá para entender direito", diz a analista de seguros Fernanda Valençola, 26, que trafegava pelo local ontem.

"É uma gambiarra que não funciona. Nessa época do ano chove e venta muito, aí cai mesmo", diz Sergio Ejzenberg, mestre em transportes pela USP. Ele diz que os plásticos também podem ser retirados por vandalismo.

A Folha contou cinco carros parados na Cincinato Braga e na São Carlos do Pinhal após as 21h, um deles ao lado de uma placa com plástico caído.

Nenhum tinha multa no para-brisa, e não havia marronzinhos nas imediações.

"Sem as tarjas, o agente não pode multar e os carros ficam liberados, não podem nem ser rebocados. A rigor, a medida fica sem efeito. Além disso, o motorista pode olhar o plástico e achar que a placa toda está suspensa", explica Ejzenberg.

O Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito não tem regras específicas para o caso. Mas diz que as placas devem "transmitir mensagens objetivas de fácil compreensão".

O especialista diz que a sinalização poderia ser feita com cartões plastificados de cor branca, a mesma das placas.

FUNIL

A ampliação da proibição de estacionar tem como objetivo liberar mais uma faixa nas três vias, que são alternativas para desafogar a Paulista.

No fim de ano, a via costuma ficar travada por pedestres e motoristas que querem conferir a decoração de Natal.

Na São Carlos do Pinhal, existe um trecho de Zona Azul entre as ruas Joaquim Eugênio de Lima e Pamplona. Como ele não entrou na restrição, na prática o trânsito está se afunilando antes dele, para ser liberado depois.


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