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Para professores, redação da Fuvest ficou mais difícil

Vestibulandos não contaram com a tradicional coletânea de textos de apoio

Tema da redação foi consumismo; taxa de abstenção foi de 8,5%, um pouco acima da do ano passado, de 8,15%

FELIPE SOUZA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um novo formato de apresentação da redação da Fuvest deixou a prova mais difícil aos candidatos, dizem professores de cursinhos. Ontem, ocorreu o primeiro dia da segunda fase do vestibular.

Neste ano, não houve a coletânea de textos cujas ideias podiam ser usadas pelos alunos para construir as redações. O tema foi consumismo.

Havia só a imagem de uma propaganda de cartão de crédito. Os textos de apoio eram uma tradição na prova da Fuvest. No ano passado, por exemplo, foram cinco.

"Os candidatos foram desafiados a construir uma redação amarrada, sem fugir do tema proposto, com pouco direcionamento", afirmou o diretor pedagógico da Oficina do Estudante, Célio Tasinafo.

O professor disse que a mudança deu uma falsa ilusão de facilidade a alguns alunos.

"Muitos [candidatos] me disseram que o tema foi fácil, mas serão surpreendidos com a correção. Sem uma coletânea de textos, é fácil o estudante perder o foco."

Para o professor Nelson Dutra, do Objetivo, a redação surpreendeu. "O tema foi tranquilo, mas o candidato devia ter competência para respondê-la sem se perder."

Para o supervisor de português do Anglo, Francisco Platão Savioli, a facilidade do tema compensou a ausência da coletânea. "Qualquer aluno é capaz de ver que o slogan é sobre o capitalismo. O repertório para a construção do texto vai sair da cabeça dele sem nenhuma dificuldade."

PROVA ELOGIADA

Para Savioli, a Fuvest pode ter tentado mostrar aos alunos que eles devem ter base para uma argumentação própria e não precisam de apoio.

Além da redação, a prova de ontem cobrou também questões dissertativas de português e literatura -as quatro obras que passaram a integrar o vestibular foram cobradas na prova de ontem.

Segundo os professores consultados, as perguntas foram bem-feitas, com dificuldade de média para difícil.

A taxa de abstenção foi de 8,5%, um pouco superior ao exame passado, de 8,15%.

Hoje, no segundo dia da segunda fase, os candidatos responderão a 16 questões das demais matérias e a algumas interdisciplinares. A prova termina amanhã.

Para esta etapa, foram convocados 31.182 alunos, que disputam 11.082 vagas na USP e em medicina na Santa Casa.


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