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Lozeris Chajetas (1926-2013)

Um vendedor nascido na Lituânia

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

O lituano Lozeris Chajetas já bateu de porta em porta em São Paulo. Mais de 50 anos atrás, ele procurava os clientes diretamente em casa para vender móveis e equipamentos eletrônicos. Chegou a ter uma loja e entregava fogões usando uma charrete.

Filho de um sapateiro, veio com a família ao Brasil com apenas três anos de idade. Com o pai, que desenvolveu sapatos com borracha de pneu, trabalhou no início, até se formar em contabilidade.

Na época de comerciante, como lembra a família, trocava mercadorias com Samuel Klein, de quem ficou amigo. Klein fundou as Casas Bahia.

Até o final do ano passado, Lozeris ainda visitava seus clientes na capital paulista. Era representante comercial de uma empresa de embalagens descartáveis usadas por restaurantes e lanchonetes.

À Lituânia nunca retornou, mas mantinha contato por cartas com uma prima que, após a desintegração da União Soviética, migrou para os Estados Unidos. Escrevia em iídiche, a língua germânica usada pelas comunidades judaicas da Europa. Também sabia hebraico.

Adorava as músicas tradicionais judaicas e fez parte de um coral de uma sinagoga.

Nos últimos 20 anos, como conta a família, morou no edifício Copan, no centro de São Paulo, onde guardava sua coleção com mais de 200 garrafas de bebidas em miniatura.

Era separado da primeira mulher, Ita, e, há cerca de 70 dias, perdera sua companheira dos últimos 15 anos, chamada Rika Alon.

Morreu na terça (1º), logo após o Réveillon, aos 86, devido a problemas pulmonares. Teve três filhos e quatro netos.


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