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José do Amaral Garboggini (1922-2013)

Coronel do Exército e professor

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Aconselhavam-no, em casa, a fazer um livro com as muitas histórias que sabia. Coronel com mais de 30 anos dedicados ao Exército, José do Amaral Garboggini conheceu Getulio, Jango e a primeira-dama Maria Teresa, assumiu postos importantes, mas, ignorando os conselhos dos filhos, nada disso registrou.

Filho de um médico, nasceu em Conchas (SP), cresceu em Piracicaba e foi jovem fazer a Escola Militar no Rio.

Lá, encontrou uma prima distante, Flávia, com quem se casou em 1947. Serviu o Exército na terra de Getulio Vargas (a gaúcha São Borja), em Natal (RN), Campo Grande (MS), Jundiaí, Santos e São Paulo.

Paralelamente à carreira militar, formou-se em economia e passou a dar aulas. Foi professor do Mackenzie e da Universidade Católica de Santos. Também lecionou em São Bernardo e Santo André.

No Exército, entre outras funções, foi chefe da seção de relações públicas do 2º Exército e chefe do Estado-Maior do Comando de Artilharia de Costa e Antiaérea, em Santos.

Segundo a filha, Vitória, o fato de Cazuza, como era chamado em casa, nunca ter tido o nome ligado à repressão e de não ter concordado com a prática da tortura é motivo de orgulho na família. Saiu do Exército em 1972 e ainda trabalhou nas Docas de Santos e na Rede Ferroviária Nacional.

Lia dois jornais por dia. Primeiro, "O Estado de S. Paulo", que, depois de lido, punha no elevador em seu andar (13º) e mandava para o sétimo, onde morava a filha. Em troca, ela lhe enviava a Folha.

Viúvo desde 2010, morreu na segunda (7), aos 90, devido a uma broncopneumonia. Teve dois filhos e duas netas.

coluna.obituario@uol.com.br


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