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Queda de tenda mata um e fere 49 na Bahia

Acidente ocorreu na Costa do Sauipe; operário de 32 anos que montava lona ficou preso nas ferragens e morreu na hora

Espaço seria usado para evento do Bradesco; banco diz que lamenta o ocorrido e que está ajudando as vítimas

NELSON BARROS NETO ENVIADO ESPECIAL A MATA DE SÃO JOÃO

O desabamento de uma estrutura de ferro na Costa do Sauipe (BA), um dos maiores complexos hoteleiros do Brasil, matou uma pessoa e deixou 49 feridas na manhã de ontem -duas em estado grave-, segundo a Secretaria da Saúde da Bahia.

Uma tenda estava sendo montada sobre a estrutura, e seria usada num encontro regional de gerentes do Bradesco, de amanhã a domingo.

A estrutura partiu enquanto era montada a uma altura de ao menos 20 metros. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Camaçari e Mato de São João, ela pesava mais de cem toneladas.

O local, numa área de cerca de 7.000 m2, teria capacidade para 3.500 pessoas e vinha sendo erguido pela TV1 Eventos, contratada pela instituição financeira.

Zilmar Neves dos Santos, 32, ficou preso nas ferragens, teve traumatismo craniano e morreu na hora. Ele estava montando a lona, abaixo da estrutura que partiu.

A delegacia de Praia do Forte, localizada no município de Mata de São João (BA), abriu inquérito para investigar o acidente.

Raiane Oliveira, 18, que fazia parte do grupo de serviços gerais do canteiro, disse à Folha que as empreiteiras estavam cobrando "pressa" dos funcionários. Ela estava na cozinha na hora do acidente.

As empresas negam cobrança nesse sentido.

O operário Alex Fonseca, 31, diz que só escapou porque ficou com sede. "Fui pegar um copo de água na hora do desabamento. Deus foi que me mandou sair de lá", disse.

Ele, que não teve nenhum arranhão, estava no Hospital-Geral de Camaçari para acompanhar um colega que rompeu o baço. "Vi companheiros debaixo das ferragens. Hóspedes [do complexo] que passavam ajudaram bastante."

A maioria dos feridos foi levada para o Hospital Português, em Salvador, que tem convênio com o Bradesco.

Pouco mais de 50 operários trabalhavam na obra.

Localizado a 80 quilômetros de Salvador, o complexo hoteleiro funciona como um condomínio fechado, com portarias e controle rigoroso de quem entra e sai. A imprensa foi barrada, e grupamentos da Polícia Militar reforçaram a segurança ontem.

O local do acidente fica a cerca de 20 minutos da portaria. Embora a quebra da estrutura tenha ocorrido de manhã, ainda havia ambulâncias passando pelas guaritas até o fim da tarde.


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