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Ataques levam motoristas a ameaçar greve em Floripa
Os ônibus têm sido alvo da violência no Estado
No fogo cruzado entre os ataques criminosos das últimas semanas e a reação policial, motoristas e cobradores de ônibus da Grande Florianópolis decidem hoje se entram em greve. A crise levou o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) a viajar à capital catarinense ontem.
"Todo esse tempo já passou e as autoridades mostraram seu atestado de incompetência em relação à segurança dos catarinenses", diz a convocatória feita pelo Sintraturb, sindicato da categoria.
Os ônibus têm sido o alvo mais comum da onda de ataques, com 37 dos 97 casos registrados em 15 dias no Estado. Na capital, escoltas e horários restringidos não impediram que um ônibus de transporte urbano fosse incendiado na segunda. O motorista e o cobrador foram expulsos a golpes de cabo de facão.
Ontem, um ônibus de turismo foi parcialmente incendiado na capital. Em Palhoça, na região metropolitana, um jovem de 17 anos foi detido ao tentar incendiar um carro.
Cardozo, que se reuniu ontem à tarde com o governador Raimundo Colombo (PSD) e a cúpula de segurança pública do Estado, disse que o trabalho está sendo feito em "absoluta parceria".
Na reunião, afirmaram que a transferência de cerca de 20 detentos para presídios federais será feita sob sigilo e que a vinda da Força Nacional ao Estado não foi descartada.