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Foco

Medo de enchentes no verão faz estacionamento barrar clientes

GUILHERME GENESTRETI DE SÃO PAULO

Há 48 vagas em um estacionamento na esquina da avenida Pompeia com a rua Venâncio Aires, na região oeste. Mas quem tenta deixar o carro ali é logo barrado.

Duas placas próximas às cancelas alertam: o local não aceita clientes avulsos ou mensalistas entre janeiro e março por causa do risco de alagamento. Só pode parar ali quem for para alguma das quatro lojas contíguas à área.

"Se for rapidinho a gente deixa, porque em questão de uma hora alaga tudo", diz o dono do estacionamento, Jeânio Soares da Silva, 33, no local desde 2010. "Aquela esquina é como um ralo, recebe água de todos os lados."

Ele diz que já teve de gastar R$ 4.500 após uma enchente em 2011 ter danificado quatro carros, as cancelas e o quadro de luz da guarita.

Em 2012, Jeânio aceitou avulsos e mensalistas, mas teve de levar os carros para um posto de gasolina quando choveu. Neste ano, ele estima um prejuízo de R$ 15 mil por mês com a proibição.

Quem trabalha nas lojas do local confirma as inundações. Na Club Caché, de roupa feminina, os manequins ficam sobre 40 cm de tábuas. "Não é decoração, é por causa das enchentes mesmo", avisa a vendedora Joclecia Matos, 19.

Na World Tennis e nas Lojas Americanas, a solução foi instalar comportas na vitrine.

SEM PISCINÃO

Enchentes são problema crônico na área, que já teve esse tipo de problema quatro vezes só neste ano. Em 2011, levantamento da Folha e do Centro de Gerenciamento de Emergências mostrou que a região fica submersa pela chuva a cada 17 dias no verão.

A causa principal é o fato de se tratar de uma área de baixada. A prefeitura já estudou a construção de um piscinão ali próximo, mas descartou o projeto, tido como muito caro e demorado.

Segundo nota da prefeitura, a alternativa é ampliar a vazão de dois córregos subterrâneos do local, o Sumaré e o Água Preta. A obra, orçada em R$ 140 milhões, foi contratada, mas aguarda licenciamento ambiental, sem prazo para ser concedido.


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