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Acessos em casa disparam, e LAN houses 'naufragam'

Morador vende pacote 'paralelo' de internet

DO RIO

Segundo a pesquisa do projeto Solos Culturais, o uso de computadores em residências nas favelas já supera os acessos feitos em LAN houses -tradicional ponto de encontro dos internautas em áreas de baixa renda.

O comerciante Alexandre Ferreira, 43, já havia percebido a mudança na prática.

"Eu fundei uma das primeiras LAN houses da Rocinha, mas acabei fechando porque o movimento caiu muito", diz Ferreira, que encerrou as atividades em 2010.

Com a crise, ele vislumbrou um novo negócio.

"Percebi que todo mundo estava comprando computador e comecei a vender o acesso à internet. No início, de uma maneira talvez até ilegal", reconhece o comerciante, que procurou formalizar sua empresa após a ocupação da favela pelas forças policiais, em novembro de 2011.

"Agora, eu compro o link de uma operadora e distribuo pela Rocinha. Tudo legalizado", afirma ele.

A empresa de Ferreira alcançou mais de 1.500 clientes em pouco mais de um ano de funcionamento. Até ele se surpreende: "Tem casa que não tem geladeira, mas tem computador", conta.

Vinícius Santiago de Lima, 19, mora em uma casa de dois pavimentos em um dos becos próximos ao valão, canal existente na parte baixa da favela da Rocinha que propaga mau cheiro ao longo de seu percurso.

O rapaz tem 863 amigos no Facebook. Sua página reúne 373 fotos pessoais.

Ele cita uma das imagens postadas (onde aparece de terno), que motivou 55 comentários e 18 curtidas (saudação popular entre usuários do Facebook). Uma repercussão recorde de seu perfil virtual, segundo o jovem.

Lima usa o laptop da irmã mais velha, que comprou o equipamento no ano passado. "Já cheguei a passar o dia inteiro, mais de 12 horas seguidas, no Facebook. Fico conversando com as pessoas durante a maior parte do tempo", explica ele, que também costuma baixar músicas.

Já armazenou em um pen drive "uns 500 pagodes e uns 300 raps", empolga-se.


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