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Plano emergencial da Imigrantes é insuficiente, diz Ecovias
Após deslizamento de terra que fechou trecho da via por 31 horas, empresa diz que estudará medidas complementares
O travamento do sistema Anchieta-Imigrantes após a forte chuva da última sexta-feira mostrou que o plano emergencial da concessionária Ecovias é insuficiente.
Quem diz é o diretor-superintendente da empresa, José Carlos Cassaniga. O sistema é a principal ligação entre a capital paulista e a Baixada Santista e recebe por dia de 80 mil a 110 mil veículos.
No final de semana, a subida para São Paulo da Imigrantes ficou fechada por 31 horas após um deslizamento.
Segundo Cassaniga, quando o fluxo em algum trecho trava são acionados "planos alternativos de fluidez". O objetivo é garantir a circulação dos usuários e a movimentação das equipes de socorro.
Esses planos possuem medidas como a inversão do sentido das pistas e a utilização de estradas de serviço do Parque Estadual da Serra do Mar.
Porém, após a chuva de sexta-feira, motoristas disseram ter esperado mais de dez horas para receber socorro. Ilhadas, muitas pessoas dormiram nos veículos. Outras abandonaram seus carros e caminharam pela rodovia.
"Vimos que, numa situação como essa [travamento total], nossos planos são insuficientes e até não apropriados", afirma Cassaniga. Segundo ele, a Ecovias vai desenvolver novas medidas para atender os usuários.
SIMULTÂNEO
Para ele, o que atrapalhou a chegada das equipes de socorro foram as várias ocorrências simultâneas. Além dos deslizamentos nas rodovias Imigrantes (um) e Anchieta (quatro), houve problemas nos acessos por Cubatão e Santos e na rodovia Padre Manoel da Nóbrega.
"Todas as condições de circulação do sistema ficaram travadas", disse.
De acordo com ele, até a estrada de serviço do parque da Serra do Mar, usada nessas situações, ficou comprometida devido às diversas quedas de árvores no local.
O diretor afirma que a ideia não é reformular os planos de emergência, mas sim adotar medidas complementares. "Nosso plano tem atendido em diversas situações."
O sistema de monitoramento de quedas de barreiras, por exemplo, não deve mudar. Segundo Cassaniga, o ocorrido na Imigrantes foi atípico.
Ele diz ainda que foi a primeira vez que a concessionária recomendou, fora de feriados prolongados, que os usuários evitassem a viagem.
"Não era uma questão de segurança, era questão de circulação, de não conseguir informar o tempo de viagem."