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Casos de dengue triplicam em 2013, mas número de mortes tem queda

Até 16 de fevereiro, foram registradas 205 mil ocorrências ante 70 mil no mesmo período de 2012

Disseminação do subtipo 4 do vírus e alta infestação do mosquito explicam o crescimento neste ano

JOHANNA NUBLAT DE BRASÍLIA

O número de casos de dengue notificados nas sete primeiras semanas do ano quase triplicou em comparação ao mesmo período de 2012.

Até 16 de fevereiro, foram identificados 204,7 mil casos suspeitos. No mesmo período de 2012, foram 70,5 mil.

O número de casos deste ano se aproxima dos 205,5 mil notificados nas sete primeiras semanas de 2010, ano de maior incidência.

Agora, oito Estados concentram 84,6% dos casos, puxados pelo Mato Grosso do Sul.

Esse Estado e outros quatro (Goiás, Acre, Mato Grosso e Tocantins) superaram 300 casos por 100 mil habitantes -marca acima da qual se considera a ocorrência de uma epidemia da doença.

Por outro lado, o balanço divulgado ontem pelo Ministério da Saúde aponta queda de 44% no número de casos graves e de 20% no total de mortes se comparado às primeiras semanas de 2012.

Isso se deve, de acordo com o governo, a uma melhoria na rede de atendimento.

Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde do ministério, diz que ainda não é possível mensurar o impacto que a doença terá este ano, mas afirma que "a mensagem principal é a de alerta, pois há transmissão intensa em alguns Estados e municípios".

"Temos que esperar até março para ter uma perspectiva. Não acredito que seja como 2010. No pior cenário, talvez se aproxime de 2011."

Em 2011, o governo registrou 2.300 casos graves e 109 mortes ligados à doença.

EPIDEMIA

Barbosa vê duas razões para o crescimento dos casos: a disseminação do subtipo 4 do vírus da dengue, que tinha baixa presença no país e encontrou uma população vulnerável a ele, e uma alta na infestação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti.

O ministro Alexandre Padilha (Saúde) alerta para a necessidade de combate aos criadouros do aedes e de preparar a rede de saúde para identificar precocemente os sintomas.

"Nós temos, sim, epidemia em alguns Estados e municípios do país. Estados e municípios que ainda não estão classificados como em epidemia não podem reduzir as medidas de combate. O maior número de transmissões ocorre até maio", afirmou.

Padilha faz dois alertas específicos, um para o Sudeste, que concentra a maior população do país, e o Nordeste, que tem quase metade das cidades consideradas sob risco.

Em janeiro, a pasta avaliou a infestação por larvas do aedes de 983 municípios. Deles, 267 tinham risco de epidemia, 478 estavam em alerta, e 238 tinham condição satisfatória.


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