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Vocalista do Charlie Brown Jr. usava cocaína, afirma estilista

Ex-mulher diz que casal estava afastado por causa do consumo da droga pelo cantor

Corpo foi sepultado em Santos em cerimônia para parentes e amigos; no portão, fãs cantavam música da banda

NATÁLIA CANCIAN ENVIADA ESPECIAL A SANTOS

A ex-mulher do cantor Alexandre Magno Abrão, o Chorão, encontrado morto na madrugada de anteontem, disse ontem que "perdeu" o cantor para as drogas enquanto "tentava trazê-lo de volta".

"Eu tentei tudo o que vocês podem imaginar. E infelizmente existe essa praga mundial que é essa droga, que acaba com tudo", afirmou a estilista Graziela Gonçalves, às lágrimas, após o sepultamento em Santos (litoral paulista).

O vocalista do Charlie Brown Jr., de 42 anos, foi encontrado morto em seu apartamento em São Paulo.

Em meio a latas e garrafas espalhadas e móveis quebrados, mas sem sinais de arrombamento das portas, a polícia encontrou no local porções de um pó branco (suspeita-se que seja cocaína).

"Estávamos afastados em razão do que estava acontecendo com ele", disse Graziela. "Na verdade, eu estava tentando trazer ele de volta. Acho que toda mulher sabe que uma separação às vezes nada mais é do que uma artimanha, uma arma, e infelizmente eu perdi."

Ela negou que o cantor fosse usuário de crack. Admitiu que ele usava cocaína. "Espero que as pessoas escutem isso e que fique na consciência de cada uma delas."

Amigos do cantor disseram que ele passava por momentos de tristeza. "Muitas coisas no lado pessoal dele não estavam legais. O sucesso na carreira é um embrulho bonito de presente, mas, se dentro não tiver nada, que alegria isso traz?", disse o baixista da banda, Champignon.

As circunstâncias da morte ainda são investigadas. A principal hipótese da polícia é a ingestão combinada de drogas, bebidas e remédios.

CERIMÔNIA RESTRITA

Em clima de comoção e com forte esquema de segurança, o cantor foi sepultado à tarde em cerimônia restrita a familiares e amigos. Às 14h15, o corpo foi levado da Arena Santos, onde estava sendo velado, para o Memorial Necrópole Ecumênica.

Ruas que davam acesso ao local foram bloqueadas com cavaletes, faixas e carros da Polícia Militar. Seguranças também controlavam o acesso. Só entrava quem tinha uma pulseira onde se lia o nome da banda que o consagrou.

O corpo foi sepultado às 17h, numa urna no quinto andar do cemitério vertical.

Amigos fizeram homenagens ao cantor. O caixão permaneceu fechado durante toda a cerimônia, conforme a equipe do Memorial. Em cima, havia um skate e bandeiras do Santos e do Brasil.

Segundo o Memorial, como a causa da morte ainda não foi esclarecida, a polícia ainda pode pedir a exumação do corpo. Só após liberação da perícia, ele poderá ser cremado, como desejava Chorão.

Os músicos Falcão, do Rappa, e Marcelo Nova, do Camisa de Vênus, foram alguns dos que se despediram.

Após o sepultamento, a polícia liberou o acesso dos fãs -ainda assim, eles só puderam ficar em frente ao portão. Em círculo e de mãos dadas, fizeram orações e cantaram "Dias de Luta, Dias de Glória".


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