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Celso de Camargo Figueiredo (1912-2013)

Um médico centenário e curioso

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

A colação de grau de Celso de Camargo Figueiredo começou às 21h, no Theatro Municipal de São Paulo, com a presença do interventor federal no Estado, Adhemar de Barros. Isso foi há 74 anos, como noticiou em 8 de dezembro de 1938 a "Folha da Manhã".

O evento era importante. Celso, então aos 26 anos, e seus colegas de turma foram os primeiros médicos formados pela Escola Paulista de Medicina. Dali para frente, faria do ofício sua missão de vida, como lembra o filho Geraldo.

Nascido em Mococa, no interior paulista, cresceu na cidade, onde seu pai foi prefeito. Veio para a capital estudar e, durante a faculdade, conheceu a mulher, Maria Luiza, com quem se casou em 1940.

No início da carreira, trabalhou na Maternidade São Paulo e depois foi atuar em Taquarituba (SP), onde nasceram seus três primeiros filhos. De volta à região de Mococa, entrou para a Usina Itaiquara de Açúcar e Álcool, onde ficaria quase a metade de sua vida.

Por 48 anos, morou no local, numa espécie de vila em que também viviam engenheiros, químicos e contadores.

Atendia na usina e em fazendas próximas e chegou a cuidar de cinco gerações.

Curioso, fazia longos questionários aos pacientes, pois em sua época não havia a possibilidade de exames.

Há cerca de 20 anos, aposentou-se e foi morar em Tapiratiba, a 5 km do antigo trabalho. Gostava de ler, mas uma atrofia no nervo ótico lhe roubou esse prazer. Em 2006, ficou viúvo e, no mesmo ano, perdeu o filho mais velho.

Morreu na quarta (6), aos 100 anos, devido a uma pneumonia. Teve quatro filhos, cinco netos e duas bisnetas.

coluna.obituario@uol.com.br


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