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Opinião

Saúde de quem consome vinho vem do prazer de estilo de vida

ALEXANDRA CORVO COLUNISTA DA FOLHA

Esforços para entender os benefícios do vinho, convertendo-os em unidades identificáveis e mensuráveis, são inúmeros. Esse último estudo tem algumas armadilhas. Nele, não encontramos um panorama real da relação da origem do vinho e seus elementos funcionais, pois ele trata de poucos países.

Assim como a origem, a casta sozinha tampouco é determinante na quantidade de elementos funcionais.

O principal fator desconsiderado --e vital-- foi o humano. No caso de concentração de polifenóis, ele é essencial, pois, através de controle de rendimentos, o produtor pode, em qualquer país, com qualquer uva, produzir um vinho de alta concentração de polifenóis.

Quando o "paradoxo francês" foi explicado, milhares de cidadãos correram para comprar litros de azeite e, assim, obter a saúde dos, mesmo que gordos, franceses.

No entanto, o estilo de vida não mudou: continuam estressados, passam horas por dia sentados no escritório e no carro e, muitas vezes, comem suas saladas saudáveis --com azeite de oliva-- sentados diante do computador trabalhando.

As populações que têm boa saúde --e consomem vinho-- conseguem isso não pela quantidade de elementos antioxidantes do vinho. A saúde vem, provavelmente, do prazer de seu estilo de vida.

Se a saúde dos que tomam vinho dependesse mesmo apenas dessas substâncias isoladas, as pessoas comprariam vinhos em cápsula. E não é assim. No final das contas, a escolha de um vinho se dá pelo seu sabor e pelo aporte cultural, histórico e hedonístico que o vinho traz.


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