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De cara nova

Novos procedimentos estéticos, incluindo uma versão mais natural do"lifting" e preenchedores em 3D, são oferecidos a mulheres de todas as idades nos consultórios

MONIQUE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

Não há mais idade certa para iniciar um tratamento para combater a ação do tempo. Novos procedimentos considerados mais leves, capazes de corrigir pequenas imperfeições e retardar a ação de agentes ambientais, podem ser usados em peles mais jovens e também fazem com que mulheres mais velhas evitem uma cirurgia.

Embora o filtro solar e a vitamina C (que combate a ação de radicais livres) continuem sendo uma dupla infalível para a prevenção, terapias que antes ficavam relegadas à reparação podem ser uma opção para quem enfrenta o envelhecimento mais cedo.

O microagulhamento (técnica em que pequenos furos na pele são feitos para facilitar a absorção de cosméticos) é uma opção que ganha força nos consultórios com a chegada de substâncias menos agressivas e potentes, como o ácido tranexâmico.

Usado para os tratamentos do melasma (manchas), o ácido previne e tira manchinhas em peles jovens, segundo Andréia Mateus Moreira, dermatologista e autora do livro "Cosmiatria e Laser: Prática no Consultório Médico".

Os clássicos CO2 fracionado e botox também podem ser indicados aos mais jovens. "Há pessoas mais novas com muitas marcas de expressão", diz Ediléia Bagatin, professora de dermatologia da Unifesp. "Já apliquei a toxina botulínica em uma menina de 18 anos que franzia muito a testa e acabou tendo um vinco profundo entre as sobrancelhas."

Outra opção é o ultrassom microfocado, que causa pequenas lesões que estimulam a regeneração celular.

Quem tem a pele mais envelhecida, que requer mais cuidado, também pode se beneficiar dos novos procedimentos mais "light". "Hoje as mulheres querem evitar o efeito artificial de algumas dessas operações", diz Jardis Volpe, dermatologista.

Uma alternativa é o sutura silhouette, técnica que produz um efeito de lifting (ou seja, levantamento) sem cortes. Um fio, aplicado por uma agulha, "levanta" áreas caídas da testa, da bochecha e da pescoço. A diferença desse método para outros é o tipo de fio em formato de cone. Ele substitui fios que puxam em apenas alguns pontos e produz um resultado natural.

O fio também contém ácido polilático, substância com efeito antienvelhecimento que é gradualmente absorvida pelo corpo. Isso leva à produção de colágeno, proteína que dá firmeza à pele.

"O efeito do lifting é imediato, mas o do colágeno dura até dois anos", diz Volpe.

A técnica foi a opção escolhida pela cabeleireira Elizete Pinto Rabelo, 44, para evitar uma cirurgia e se prevenir contra novas marcas."Não queria ficar plastificada' e esse fio não me assustou", afirma. "O resultado é percebido na hora."

Preenchedores 3D também acabam de chegar aos consultórios. O já famoso ácido hialurônico, usado para preencher rugas, ficou mais robusto. "A sua versão em três dimensões preenche as marcas de forma mais natural", diz Andréia Moreira.

Volpe lembra, porém, que quando há muita sobra de pele a única opção é a cirurgia.

CUIDADOS

Os especialistas lembram que todos esses procedimentos devem ser feitos por profissionais com formação em dermatologia ou cirurgia plástica. "Há muita gente não qualificada atuando no ramo", alerta Ediléia Bagatin. A dermatologista lembra casos de necrose provocados pelo PMMA (polimetil metacrilato), substância usada para preenchimentos e implantes. "A técnica malfeita chegou a causar muitas deformações", diz.

Outro procedimento questionável e que chegou há pouco aos consultórios do país (e teve sua fama alavancada por famosos que usaram a técnica) é conhecido como "facelifting do vampiro".

Trata-se do uso do próprio sangue (plasma rico em plaquetas) na pele para regenerá-la. Uma pequena quantidade de sangue é retirada e centrifugada até se obter o plasma sanguíneo, que contém substâncias que estimulam a divisão celular. O plasma é então injetado na pele.

"A técnica tem aparecido em congressos há um tempo e, de fato, há fatores que regeneram a pele no plasma, mas há um risco de reação imunológica ainda não completamente mapeada", afirma Andréia Moreira.

"É como uma autovacina", diz Ediléia Bagatin. "É vantajoso porque é barato, mas há procedimentos mais sofisticados, submetidos a controles de qualidade maiores e sem o risco de infecções."


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