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Lixo irregular se acumula em terrenos

Áreas em bairros como Ipiranga e Salgado Filho enfrentam descarte de resíduos domésticos e da construção civil

Governo aposta em parceria para destinar melhor os resíduos nos próximos 20 anos, mas projeto está travado

DE RIBEIRÃO PRETO

Ribeirão tem um serviço de coleta de lixo que atinge praticamente 100% da cidade, mas é fácil encontrar, principalmente nas zonas norte e oeste, muito resíduo doméstico despejado em terrenos.

O problema no descarte e no reaproveitamento dos resíduos é apontado como outro grande gargalo urbanístico a ser superado. Se a coleta passa de porta em porta, por que, então, tanto lixo vai parar onde não devia?

"Em Ribeirão, acho que até mais do que em outras cidades, há um problema crônico de desleixo com o espaço público, do ponto de vista da população toda", diz o urbanista Silvio Contart. Para ele, falta consciência coletiva.

Ele não exime, no entanto, a prefeitura de responsabilidade. "É um problema mais de educação e cultura do que de iniciativa pública. Mas a solução passa pela iniciativa pública, obviamente, tanto do ponto de vista de informação quanto da prestação do serviço", afirma.

A própria prefeitura diz que o descarte irregular de lixo tornou-se, ao longo dos anos, um problema de "cultura" da população. O governo afirma que tem feito campanhas para mudar isso.

Sobre a coleta domiciliar, a prefeitura diz que, no fim de 2012, dobrou de 10 para 20 o número de caminhões que fazem o serviço "sistematicamente" em toda a cidade.

Alguns pontos de Ribeirão já se tornaram símbolo negativo do desleixo, como a avenida Rio Pardo, no Ipiranga. A área, que recentemente virou uma espécie de cemitério de sofás, estava entupida de lixo na última semana.

O trecho está em plena área urbana, a poucos minutos do centro. O tipo do lixo, embalado em sacolinhas de supermercado, mostra que se trata de resíduo que poderia ter sido levado pela coleta.

Na zona norte, em meio a bairros como Salgado Filho e outros da região do aeroporto, também é comum encontrar áreas entulhadas.

A dona de casa Loreda da Penha Prado, 47, mora quase em frente a uma dessas áreas na rua Guaratinguetá. Ela diz que a prefeitura dificilmente limpa o local, mas também responsabiliza moradores. "Gente do próprio bairro para com o carro e joga sujeira."

Além do lixo doméstico, resíduos da construção civil, como resto de tijolos, telhas e concreto, também são jogados em áreas da cidade --uma delas na via Norte, principal acesso à região.

A prefeitura tem em trâmite o projeto de uma parceria público-privada que promete dar solução aos resíduos pelos próximos 20 anos. O texto enfrenta entraves no Legislativo e na Promotoria. (LM)


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