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Jovens voltam dos EUA empreendedores

'Nos EUA, há foco em realizar projetos; aqui, estamos mais preocupados em adquirir teorias', diz ex-aluno de Stanford

Mercados de venda de ingressos pela internet e de cursos curtos sobre inovação são as apostas de dois recém-chegados

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Nos Estados Unidos, existe um foco na realização de projetos. Aqui no Brasil, estamos mais preocupados em adquirir teorias", diz Gabriel Benarrós, 24.

Opinião similar sobre a importância de botar ideias em prática tem Bel Pesce, 25.

"Não basta só ser bom de matemática. É ótimo colocar produtos no mercado, convencer pessoas, negociar. São coisas simples, mas que ficam esquecidas", diz.

Os dois têm em comum os fatos de terem estudado nos EUA --ela foi ao MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts); ele, à Universidade Stanford-- e de terem voltado ao Brasil para abrir as suas próprias empresas.

Gabriel, nascido em Manaus, havia iniciado o curso de medicina no Brasil, mas não se identificou.

Quando soube que nos Estados Unidos poderia experimentar alguns cursos antes de escolher qual graduação iria seguir, passou a procurar as universidades de lá.

Acabou em Stanford, com uma bolsa de estudos da Fundação Estudar (mantida, entre outros, pelo empresário Jorge Paulo Lemann).

Em solo americano, nasceu o gosto por organizar eventos: "Na universidade, eu virei um dos principais promotores. Fiz de tudo, desde festa rave até debate para discutir literatura".

Daí nasceu a Ingresse, que vende ingressos pela internet, com integração com as redes sociais.

Ele conta que seu primeiro investidor foi um professor. No total, conseguiu levantar R$ 3 milhões de investimento inicial.

A Ingresse começou a funcionar em Manaus, no ano passado. Gabriel diz que, com um mês, o site conseguiu vender R$ 200 mil de ingressos. O segredo, diz, foi promover um grande show, o do americano Pitbull. Agora ele mora em São Paulo e a empresa se divide nas duas capitais.

Já Bel, que durante a sua graduação nos Estados Unidos trabalhou no Google e na Microsoft, abriu agora uma escola chamada FazINOVA, que oferece cursos de empreendedorismo. No futuro, o plano é que as aulas também estejam na internet.

Na classe acompanhada pela Folha, estavam presentes tanto interessados em tecnologia quanto pessoas de outras áreas, como um médico e um DJ.

Os preços para ter aulas com a garota de 25 anos são salgados: o curso "Inovação aplicada a desafios reais", que dura um único sábado, das 9h às 19h, custa R$ 900.

Já o curso chamado "Empreendedorismo sem enrolação", oferecido em duas sextas-feiras, também das 9h às 19h, custa R$ 1.875.


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