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Mandela

Aos 95 anos, morre o ícone da luta contra o apartheid

Funeral do sul-africano reúne governantes de todo o mundo

DO EDITOR DE "MUNDO"

A morte de Nelson Mandela, que tinha infecção pulmonar, em 5 de dezembro, aos 95 anos, foi a morte de uma figura sem a qual o século 20 teria sido muito diferente.

Se Mandela não tivesse apostado num movimento interracial de resistência ao apartheid, nos anos 50, teria sido difícil pregar a reconciliação nos anos 90.

Se, no banco dos réus, ele não tivesse dito que estava pronto para morrer como mártir, apostando que constrangeria o regime branco a poupar sua vida, não teria sido preso e virado ícone.

Se, na prisão, tivesse sucumbido ao que defendiam os colegas de cadeia, não teria iniciado, solitariamente, a negociação com os líderes do apartheid. Por fim, se, ao ser libertado, Mandela não tivesse implorado às massas de jovens negros enfurecidos que "joguem seus facões no mar", o país teria sido consumido pela guerra civil.

Durante a vida, Mandela se viu dezenas de vezes diante de bifurcações como essas. Decisões que apenas alguém com sua autoridade moral tinha condição de tomar.

Em geral, ele fez escolhas que mais adiante se mostraram acertadas e forjaram a moderna África do Sul.

"Não sou santo", dizia no final da vida, "apenas um pecador que tenta muitas vezes". Tente convencer um sul- -africano disso.


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