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Relação a distância
Folha avalia quatro serviços que oferecem cursos de inglês pela internet
Cursos on-line de idiomas prometem resultados rápidos, economia de tempo e de dinheiro e vêm fazendo uma ofensiva publicitária --resta saber se eles funcionam.
A Folha testou aulas de quatro serviços virtuais que vêm expandindo suas atividades no Brasil: Englishtown, Open English, Rosetta Stone e Livemocha. Veja nesta e na próxima página pontos positivos e negativos de cada um.
Os cursos usam plataformas e métodos diferentes, mas visam conquistar o mesmo público: adultos em busca de flexibilidade de horários e aulas mais baratas.
Trata-se de um mercado especialmente promissor no Brasil, onde 95% da população entre 18 e 55 anos não fala inglês, segundo pesquisa do British Council.
No levantamento, foram entrevistados 720 brasileiros de todas as regiões do país. A maioria via os cursos pela internet com desconfiança, por considerar o professor essencial para a qualidade do aprendizado.
Para Nina Coutinho, diretora de inglês do British Council, o estudante não precisa necessariamente de acompanhamento para aprender um novo idioma.
"O curso on-line funciona, sim, mas é melhor que o estudante tenha oportunidades de comunicação paralelas."
Os preços dos pacotes mais básicos dos serviços avaliados variam de zero (no caso do Livemocha, que tem só alguns módulos e aulas pagos) a R$ 249 (na Rosetta Stone).
Na Livemocha, o curso é integrado a uma rede social, em que usuários nativos corrigem exercícios de escrita e pronúncia de aprendizes.
Já a Englishtown e a Open English funcionam como escolas virtuais: os alunos fazem testes de nível e provas até concluírem o curso e ganharem certificados.
O curso da Rosetta Stone propõe exercícios mais básicos, para quem está começando mesmo no idioma --a proposta é levar o aluno até o nível intermediário, em que ele possa manter uma conversa com nativos.
Nem todos têm paridade direta com o conteúdo proposto para os níveis do Marco Comum Europeu, a referência de nivelamento de idiomas que é adotado pela União Europeia.