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especial / carreiras

Pague 1, leve 2

EMPRESAS ADIAM CONTRATAÇÕES E BUSCAM PROFISSIONAIS COM MÚLTIPLAS FUNÇÕES; FUNCIONÁRIO DEVE BUSCAR PRODUTIVIDADE

BÁRBARA LIBÓRIO RICARDO BUNDUKY DE SÃO PAULO

Dados do IBGE indicam que a taxa de desemprego no Brasil foi de 4,9% em abril, o menor índice para o mês desde o início da pesquisa, em 2002. Mas há setores que estão demitindo, caso da indústria, em que o número de pessoas empregadas caiu 2% no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado.

No comércio, o total de funcionários cresceu 0,9% em março na Grande São Paulo relação ao mesmo mês de 2013, uma desaceleração frente à alta de 2,2% registrada no ano passado.

Segundo recrutadores, consultores de RH e associações setoriais, há uma desaceleração nas contratações em 2014, principalmente por conta da Copa do Mundo e das eleições.

"As empresas estão postergando contratações para depois desse período. É difícil prever, mas o cenário deve mudar só depois das eleições", afirma Lilian Wizenberg, professora da escola de negócios BBS.

Diante desse cenário, os profissionais devem se mostrar os mais produtivos possível. "Em vez de contratar três funcionários, as empresas preferem empregar um que seja o melhor e mais produtivo", afirma Maíra Habimorad, presidente da recrutadora Cia de Talentos.

Uma das formas de ser mais produtivo no trabalho e se tornar um profissional "dois por um" é a educação.

Marina Heck, coordenadora do programa One MBA na FGV, diz que nos Estados Unidos e na Europa os profissionais tendem a investir em educação nos períodos de empregabilidade baixa, diferentemente do que ocorre no Brasil. "Em períodos de crise, os executivos estrangeiros voltam para a escola, aproveitam o momento para se reforçar. No Brasil, eles param junto com a economia e esperam que ela melhore", diz.

Para Eduardo Ferraz, consultor em gestão de pessoas, os profissionais precisam começar a agir por conta própria, sem ficar esperando que as empresas tomem a iniciativas de cuidar da carreira dos seus funcionários.

A Folha conversou com especialistas e profissionais para descobrir quais são os cargos que estão em alta e em baixa em sete setores do mercado de trabalho.

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MAÍRA HABIMORAD, da Cia de Talentos
É essencial que o candidato mostre ao empregador, no currículo ou na entrevista, que é um profissional produtivo. Isso tem a ver com pessoas que gerenciam grandes volumes de trabalho ou têm funções duplas

LILIAN WIZENBERG, professora da BBS
As empresas estão substituindo muitos profissionais por causa do desempenho. É um bom momento para atualizar sua lista de contatos para ver onde há oportunidades. O LinkedIn pode ser uma boa

EDUARDO FERRAZ, consultor
Ainda que empresas estejam segurando contratações, sempre há demanda para profissionais especializados, porque ainda falta mão de obra qualificada no país. Os profissionais precisam continuar estudando

MARINA HECK, coordenadora da FGV
Graduação, apenas, não é suficiente para se manter no mercado. É importante fazer uma análise bem feita com um coach e preencher cada lacuna do currículo, aproveitar o momento de crise para voltar a estudar

CLAUDIA MONARI, da Carrercenter
Sempre há vagas: a maioria é de reposição, e não novos cargos. As pessoas devem procurar empresas mais consolidadas, ir para a rua, a feiras e a palestras. Não adianta ficar em casa, buscando vaga na internet


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