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Engenharia

Oferta de cursos aumenta, mas ainda há preconceito

Engenheiros formados a distância começam a chegar ao mercado

DE SÃO PAULO

Universidades estão apostando na alta demanda por cursos de engenharia para ofertar a graduação a distância. No entanto, especialistas alertam: o preconceito dos empregadores é grande.

"Já vi empresa que não quis nem ver o currículo do candidato quando soube que ele era graduado dessa forma", conta Lea Federmann, sócia da consultoria 2Get.

Segundo ela, a rejeição acontece tanto em grandes companhias quanto em organizações de menor porte.

"As profissões que requerem registro em conselho para exercer a profissão, como engenharia, são mais impactadas", afirma Danielle Roscito, coordenadora de RH da recrutadora Quality Training.

Federmann afirma que, no setor, ainda dá-se muita atenção à credibilidade da instituição de ensino no processo de seleção de um candidato. "Sempre há a preferência pelas mais conceituadas e essas faculdades não costumam oferecer cursos a distância.

O primeiro curso de engenharia civil a distância reconhecido pelo MEC foi o da Uniube. Em seis anos, 17 alunos se formaram.

Depois disso, outras universidades seguiram a tendência. A Anhanguera deu início à primeira turma do curso de engenharia civil neste ano. O curso é semipresencial: o aluno tem que comparecer à universidade dois dias por semana".

Segundo Felipe Maia, coordenador da instituição, nos dias em que precisam ir para a faculdade, os estudantes assistem a transmissões de aulas, tiram dúvidas com tutores e realizam atividades práticas no laboratório.

"A grade curricular é a mesma, mas, com as matérias a distância, os custos diminuem, o que se reflete na mensalidade", explica.

O valor da mensalidade do curso on-line é cerca de 40% menor, chegando a R$ 599.

O bombeiro Bruno Palomin, 28, é um dos alunos do curso. O estudante, que é técnico em segurança do trabalho, quer usar a graduação para se especializar na área e tentar crescer na carreira.

Ele afirma que não tem medo do preconceito do mercado. "Quem faz a faculdade é o aluno. Existe o medo do novo, mas isso vai passar."

O curso de engenharia de produção, que tem grade curricular mais voltada para a área de administração, é oferecido por diversas universidades na modalidade virtual.

Em 2011, a Estácio passou a contar com a graduação em seu portfólio. A grade curricular do curso tem carga horária presencial, mas a maior parte do conteúdo é via web.

"Além do livro didático, o aluno tem acesso a videoaulas e outros conteúdos on-line, como simulações e games. Os professores vão costurando isso", diz Pedro Graça, diretor da universidade.

A UFSCar formou em 2013 sua primeira turma de engenheiros ambientais graduados na modalidade não presencial. Foi o primeiro curso de engenharia feito dessa forma por uma instituição pública e reconhecido pelo MEC.


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