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Homofobia e temas comportamentais dominam confronto entre os nanicos

Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) entraram em rota de colisão com Levy Fidelix (PRTB) por causa de controvérsias sobre homossexuais e uso de drogas

Acuado, Fidelix citou direito à liberdade de expressão e atacou adversários a partir de outros temas polêmicos

DAS ENVIADAS ESPECIAIS AO RIO DE SÃO PAULO

Os candidatos à Presidência Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) protagonizaram a discussão mais ríspida do debate ao confrontarem Levy Fidelix (PRTB), ainda no primeiro bloco do programa da Rede Globo, na noite desta quinta-feira (2).

O motivo foi o ataque de Fidelix aos homossexuais durante o debate na Record, segunda-feira (29). Na ocasião, o nanico pregou o "enfrentamento aos gays" e condenou o casamento entre homossexuais, dizendo que "o aparelho excretor não reproduz".

Eduardo Jorge, que tinha a prerrogativa de fazer a pergunta, propôs que o adversário se desculpasse pelo que disse anteriormente. Fidelix, então, foi à carga: "Você não tem moral nenhuma", disparou. "Propõe que os jovens consumam maconha, apologia ao crime", disse, referindo-se à proposta de descriminalização da maconha do PV.

Jorge, então, lembrou que diversas entidades e partidos foram à Justiça Eleitoral contra Fidelix, pedindo inclusive que a candidatura dele seja impugnada. "Vamos nos encontrar na Justiça, eu como testemunha", completou.

Em seguida, foi a vez de Fidelix fazer uma pergunta --e a única adversária disponível para responder era Luciana, que não havia sido questionada ainda. No debate de segunda, uma pergunta feita exatamente pela candidata do PSOL estimulou a resposta de Fidelix sobre os gays.

O candidato do PRTB aproveitou a chance para acusar Luciana de não cumprir um acordo que ambos teriam feito, no debate da Record, para que ela pudesse fazer uma pergunta a Marina Silva (PSB) sobre política econômica.

"A senhora mandou seu ex-marido me procurar para pedir que não fizesse pergunta porque queria questioná-la [Marina] sobre economia", afirmou. "Mas você não fez o combinado. Você será uma presidente que não cumpre o acordado?", perguntou.

Luciana ignorou a pergunta completamente e voltou ao assunto de antes: "O teu discurso de ódio é o mesmo discurso que os nazistas fizeram contra os judeus", disse. "Você só falou o que falou porque não há lei que torne homofobia crime", argumentou.

Ela disse que Fidelix deveria ter sido preso na saída do debate da Record. Luciana defendeu, então, que seja aprovada a criminalização, posição oficial de seu partido. "Para que pessoas que fazem um discurso como o seu saiam algemadas", afirmou. "É assim que você deveria ter saído daquele debate", completou.

Fidelix mencionou o 5º artigo da Constituição Federal, ao citar seu direito à liberdade de expressão. "Em nenhum momento fiz apologia ou pedi para que as pessoa atacassem alguém. Tenho direito de expressar minha posição católica cristã", disse.

SEGUNDO ROUND

No bloco seguinte, Fidelix e Luciana voltaram ao embate, novamente com o candidato do PRTB perguntando. O tema sorteado para a pergunta foi descriminalização das drogas --ele, de novo, escolheu a candidata do PSOL.

Logo a homofobia voltou à tona. Fidelix disse que não via razão para ser preso: "Eu sigo a lei". Luciana retrucou: "Sairia [preso] se a homofobia fosse crime".


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