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Eleições 2014/Estados

PT ganha em Minas pela primeira vez

Eleição do ex-ministro Fernando Pimentel como governador encerra ciclo de quase 12 anos do PSDB à frente do Estado

Amigo pessoal de Dilma, governador eleito terá papel importante no 2º turno, diz campanha petista

PAULO PEIXOTO DE BELO HORIZONTE FERNANDA ODILLA ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE

Fernando Pimentel (PT) foi eleito governador neste domingo (5), desbancando do poder o grupo político do PSDB, que há quase 12 anos governa o Estado.

É a primeira vez que o PT chega ao governo mineiro.

Até então a principal vitrine petista em Minas tinha sido a Prefeitura de Belo Horizonte, com o próprio Pimentel (2004-2008).

Após a conclusão das apurações, Pimentel obteve 53% dos votos, ante 42% do seu principal concorrente, Pimenta da Veiga (PSDB).

Ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do governo Dilma Rousseff, Pimentel deixou a pasta em fevereiro deste ano para promover o que chamou, durante a campanha, de "derrota histórica" do grupo de Aécio.

Ao votar na manhã de domingo (5) em Belo Horizonte, ele, porém, contemporizou a sua declaração ao inverter a posição: "Eu não acho que as derrotas sejam históricas, históricas são as vitórias".

Em 2008, Pimentel e o candidato ao Planalto Aécio Neves (PSDB), ex-governador, firmaram uma aliança eleitoral para eleger Márcio Lacerda (PSB) prefeito de Belo Horizonte. Ele foi muito criticado no PT por essa posição. Agora, Pimentel enfrentou o grupo de Aécio e o derrotou.

Além de a campanha de Pimenta da Veiga ter sido atrelada à de Aécio, foi o próprio presidenciável tucano que escolheu o candidato do PSDB, seu amigo de longa data.

Ao longo do domingo, Pimenta mantinha uma aparente crença de que, mesmo inferiorizado nas pesquisas durante toda a campanha, poderia provocar o segundo turno. O crescimento de Aécio na reta final da disputa presidencial o animava. Pela manhã, ele chegou a dizer que seu "otimismo não é desmedido".

Durante a campanha, Pimenta afirmou também ter sido "vítima" do acidente que matou o presidenciável Eduardo Campos (PSB), tendo sua campanha prejudicada na medida em que seu principal cabo eleitoral, Aécio Neves, naquela ocasião, caiu nas pesquisas.

Governador eleito, Pimentel terá agora a tarefa de ajudar Dilma a se reeleger. De novo pode enfrentar Aécio.

O ex-ministro Walfrido dos Mares Guia (sem partido), coordenador da campanha de Dilma em Minas, disse que Pimentel eleito passa a ser o "líder político" do Estado.

"A gente sabe que em Minas funciona assim. No dia seguinte à eleição, o governador eleito passa a ser o líder político. Isso ajuda demais o movimento político [a favor de Dilma]", disse. Pimentel se elegeu em coligação com PMDB, PC do B, Pros e PRB.

Ele quase não usou a imagem da presidente Dilma Rousseff na sua campanha e até o vermelho do PT ficou em segundo plano. O tom azul, tradicionalmente usado pelos tucanos, foi a sua marca.

A campanha do petista foi marcada pela crítica à obra de 12 anos do PSDB, com o argumento de que foram gestões com obras impostas, "sem ouvir" as pessoas.

"Minas não tem dono, não tem rei, não tem imperador. Aqui quem manda é o povo de Minas", disse Pimentel.

Pelo lado do PSDB, a campanha se desenvolveu com ataques ao petista. Os processos a que Pimentel responde na Justiça --e nega as acusações-- foram citados na propaganda eleitoral.


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