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Tucano só perdeu em uma cidade
Alckmin é reeleito com ampla margem e votação puxada pelo interior; em Hortolândia, Padilha venceu por 4 pontos
Paulo Skaf, que ficou em segundo, conseguiu o melhor desempenho do PMDB no Estado de SP em duas décadas
Geraldo Alckmin (PSDB) foi eleito para o quarto mandato como governador de São Paulo tendo vencido em quase todas as 645 cidades do Estado --a exceção foi Hortolândia, na região de Campinas, onde ficou pouco atrás de Alexandre Padilha (PT).
Em 2010 o tucano também havia levado a eleição no primeiro turno, mas vencido em menos cidades --594.
Alckmin obteve 57% dos votos válidos, o que representa uma das maiores vitórias em primeiro turno no Estado.
Desde a redemocratização, ele só ficou atrás de José Serra, eleito em 2006 com 58%.
Assim como nas outras eleições, o PSDB contou com forte apoio de eleitores do interior. Considerando os 606 municípios fora da região metropolitana da capital, o governador teve 62% dos votos. Na Grande São Paulo, 51%.
Na capital, Alckmin venceu com 52% e teve maior vantagem nos bairros do centro expandido, onde os tucanos têm desempenho melhor. No Jardim Paulista (zona oeste), a votação chegou a 75%.
Paulo Skaf (PMDB) ficou em segundo, com 22%, e tomou o lugar do PT, que desde 2002 vinha polarizando a política estadual com os tucanos.
Apesar de insuficiente para forçar um segundo turno, a votação de Skaf deu ao PMDB seu melhor desempenho no Estado em 20 anos.
Padilha, que patinou nas pesquisas de intenção de voto durante a maior parte da campanha, avançou na reta final e conseguiu 18%.
O resultado minimizou a derrota, que foi a segunda pior do PT em duas décadas --Padilha teve mais votos que os 15% de José Dirceu, em 1994.
Mas o candidato foi pouco votado até mesmo no "cinturão petista", reduto histórico da legenda na periferia da capital e da Grande São Paulo.
Em Hortolândia, cidade de 209 mil habitantes comandada pelo PT, ele venceu com 39%, contra 35% de Alckmin.
Na capital paulista, Padilha venceu apenas em duas das 58 zonas eleitorais.