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Colégio de cardeais assumirá igreja no dia 1º para preparar a sucessão

Especulação indica que escolha será feita pouco antes da Páscoa

EM MILÃO

Uma instituição de mais de 2.000 anos, a Igreja Católica Apostólica Romana, fica sem governo a partir das 20h do próximo dia 28 (17h em Brasília), quando o seu titular, Bento 16, renuncia.

A partir do dia seguinte, é declarada a "sede vacante", nos termos da Constituição Apostólica "Universi Dominici Gregis", promulgada pelo papa João Paulo 2º em 1996.

Na verdade, a igreja será governada pelo colégio de cardeais, mas apenas para preparar a sucessão, marcando, por exemplo, a data para a realização do conclave que elegerá o novo papa.

O colégio de cardeais só tem poderes consultivos. Portanto, não pode tomar decisões, salvo as relativas ao conclave, a reunião a portas fechadas ("com chave", daí o nome) em que os cardeais escolhem o papa.

As funções ordinárias da igreja passam ao cardeal camerlengo, que, naturalmente, tem grande poder -mais ainda hoje: a função é exercida pelo cardeal Tarciso Bertone, também secretário de Estado do Vaticano, o segundo na hierarquia da igreja.

Em 1º de março, no entanto, Bertone deixa de ser secretário de Estado porque, com a renúncia do papa, termina a função dele e de todos os chefes dos dicastérios vaticanos (departamentos de governo).

Permanecem apenas, para tocar o cotidiano, o camerlengo, o decano do Colégio de Cardeais, Angelo Sodano (não votará, pois tem mais de 80 anos), o substituto do secretário de Estado, monsenhor Angelo Becciu, o responsável pelo dicastério penitenciário, Manuel Monteiro de Castro, e o vigário de Roma, Agostino Vallini.

O conclave que elegerá o sucessor de Bento 16 será em março, mas a data exata não foi anunciada ontem pelo porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

A especulação mais consistente indica que a primeira votação se dará no domingo de Ramos, dia 24. A menos que haja um impasse prolongado, o novo papa será anunciado, na pior das hipóteses, no domingo seguinte, o da Páscoa.

Hoje, há 118 cardeais com menos de 80 anos, a idade máxima para poder ser eleitor. Pelo menos dois, porém, atingirão a data-limite antes do conclave: o ucraniano Lubomyr Husar, em 26 de fevereiro -dois dias antes da renúncia de Bento 16-, e o alemão Walter Kasper, em 5 de março.


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