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São Paulo Paulo, Sexta-feira, 23 de Julho de
1999 |
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JOGADORES Investimento reduz o êxodo de ‘estrelas’ Clubes como Corinthians, Palmeiras e Vasco, que têm parceiros fortes, são os responsáveis por segurar jogadores para o campeonato
da Reportagem Local Os investimentos de empresas no futebol do país vêm reduzindo o êxodo de atletas brasileiros para clubes da Europa e do Japão. Prova disso, o Brasileiro-99 terá a participação de 11 dos 22 jogadores da seleção que venceu a última Copa América, no Paraguai. Desde 97, quando o Brasil sempre disputou uma competição importante pouco antes do início do Nacional, o principal torneio do país não tinha a presença de tantos selecionáveis. No Brasileiro-98, apenas seis jogadores que participaram da competição faziam parte da seleção do técnico Zagallo que disputou a Copa da França. A inversão na debandada de jogadores é garantida justamente pelos três clubes que têm os melhores contratos com investidores ou patrocinadores_ Palmeiras, Vasco e Corinthians. Juntas, as três equipes têm 6 dos 11 jogadores brasileiros que disputaram o torneio do Paraguai. Os três times têm a maioria esmagadora de seus titulares com passagens pela seleção. O Palmeiras tem nove titulares que já vestiram a camisa da equipe brasileira, contra oito do Vasco e seis do Corinthians. “Vai haver uma inversão nas negociações dos craques. Para as empresas conseguirem visibilidade, precisarão segurar os jogadores”, prevê o ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega, cuja empresa, Tendências Consultoria Integrada, realizou recentemente estudo para um clube carioca sobre propostas de parceria com empresas estrangeiras. “Hoje a venda de jogadores serve para cobrir os déficits dos clubes. É errado. Seria como a Disney vender o Mickey”, completa. Para o Brasileiro-99, novamente Corinthians, Palmeiras e Vasco puxam os investimentos. Com o dinheiro da HMTF, o Corinthians fez o maior investimento da história do futebol brasileiro para a disputa do Nacional. O clube já gastou R$ 25 milhões na contratação de nove reforços. Só o atacante Luizão custou R$ 7 milhões, mais do que São Paulo e Lusa, somados, investiram para o campeonato. Entre os clubes que não têm parceiros milionários, são raros os casos de altos investimentos. O Flamengo, por exemplo, gastou US$ 5 milhões para contratar em definitivo o atacante Leandro. Já o Santos investiu US$ 5,5 milhões para contratar o atacante Dodô junto ao São Paulo. “Esse investimento é a prova que os clubes não precisam se associar com empresas para sobreviver”, diz Samir Abdul-Hak, presidente do Santos. (FSx e PC) |
