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No adeus, equipe B tenta evitar vexame

PALMEIRAS
Time criado há 13 anos para revelar jogadores faz hoje seu último jogo lutando contra descenso

FABIO LEITE LUIZ COSENZO DE SÃO PAULO

Inspirado no modelo de potências do futebol europeu, como Barcelona e Real Madrid, o Palmeiras B respira hoje seus últimos 90 minutos de vida após 13 anos de uma trajetória que rendeu mais prejuízo do que frutos.

Às 10h, no estádio da rua Javari, o time criado pelo ex-presidente Mustafá Contursi para revelar talentos tenta se despedir do futebol de uma forma menos melancólica.

Em 18º da Série A3 do Paulista, o Palmeiras B enfrenta o Sertãozinho pela última rodada lutando para escapar do rebaixamento para a Segunda Divisão --equivalente à quarta divisão estadual.

"O momento é de mostrar serviço e honrar a camisa", resume Hamilton Ramos, atual técnico do time, que, além de vencer o quinto colocado, precisa torcer por uma combinação de resultados, que inclui tropeços de América, Guaçuano e São Vicente.

"O foco principal agora é trabalhar a parte psicológica dos atletas. Estamos conscientizando eles que o importante é mostrar serviço para arranjar um time no segundo semestre caso não continuem no Palmeiras", diz Ramos.

Segundo o diretor das categorias de base, Erasmo Damiani, só os jogadores com menos de 20 anos devem permanecer no clube. De acordo com Ramos, isso equivale a 40% do elenco inscrito no torneio --50 atletas.

"Vamos usar mais os jogadores 94 e 93, que podem disputar competições juniores. Os demais, a partir do momento que acabar o time B, serão emprestados ou terão o contrato rescindido", afirma o dirigente palmeirense.

ECONOMIA

A extinção do Palmeiras B, que havia sido ensaiada pelas duas últimas gestões do clube, foi anunciada em março. Para a nova diretoria, além do alto custo --R$ 800 mil por mês--, o time não cumpria sua função.

"Na minha visão não deu certo. Acompanhei o Palmeiras B quando estava no Audax e o trabalho não foi produtivo. Nossa intenção agora é mudar a filosofia do trabalho da base. Da maneira que é não dá certo porque o Palmeiras B é uma entidade diferente e nós não podíamos usar o jogador na Série A1 e na Série A3 ao mesmo tempo", diz o diretor-executivo José Carlos Brunoro.

Os jogadores mais expressivos que atuaram na equipe B alviverde e ganharam uma chance no time principal foram o goleiro Diego Cavalieri, o lateral Ilsinho, o zagueiro David Braz, o volante Elias e o atacante Vágner Love.

"Foi muito bom para a minha carreira a oportunidade de jogar no time B do Palmeiras antes de chegar ao time principal. Você ganha experiência e não chega cru ao time principal", diz David Braz, hoje no Vitória.

Do atual elenco do Palmeiras, nove jogadores passaram pela equipe B, entre eles Bruno, Caio, Souza e Vinícius.

Em 13 anos, o Palmeiras B acumulou quatro acessos e dois rebaixamentos.

A Folha tentou contato telefônico com Mustafá Contursi, mas não obteve sucesso.


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