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Estado gasta R$ 2,5 mi para sediar treino

SELEÇÃO Time da CBF fará só um ensaio em campo goiano, cuja reforma será bancada em parte pelo governo de Perillo

MARTÍN FERNANDEZ SÉRGIO RANGEL ENVIADOS ESPECIAIS A GOIÂNIA

Abrigar um único treino da seleção brasileira nesta semana vai custar R$ 2,5 milhões ao governo de Goiás.

É esse o valor a ser desembolsado para pagar parte da reforma do estádio da Serrinha, onde o time da CBF vai treinar hoje pela manhã.

A obra custou R$ 4 milhões e foi feita pelo Goiás Esporte Clube, dono do estádio.

A agremiação, agora, busca um "ressarcimento" do governo estadual, segundo o presidente do Conselho Deliberativo do Goiás, Hailé Pinheiro. E vai conseguir.

"O governo vai ajudar com R$ 2,5 milhões. Foi um compromisso assumido pelo governador, e ele vai cumprir", disse à Folha Célio Silveira, presidente da Agel (Agência Goiana de Esporte e Lazer).

A reforma da Serrinha durou quase quatro meses. O campo teve o piso rebaixado, o gramado foi replantado e vestiários foram construídos.

A seleção planeja fazer outros quatro treinos em Goiânia, mas no CT do Goiás. O estádio que vai receber verba pública terá só uma sessão.

O acordo foi acertado entre o presidente da CBF, José Maria Marin, e o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), em setembro de 2012.

Na ocasião, Perillo deixou claro que o governo não pouparia esforço ou dinheiro para "fazer o que for preciso para abrigar bem a seleção".

Marin nem tentou esconder que a motivação da escolha por Goiânia era política. Na época, o cartola declarou não saber onde a seleção treinaria, "mas é certo que será aqui [em Goiás], por causa do magnífico trabalho da Federação Goiana de Futebol e do governo do Estado".

Na prática, Marin agrada um eleitor e um aliado político. Os presidentes das federações estaduais (e dos 20 clubes da Série A) votam na eleição para a presidência da CBF, em abril do ano que vem.

E o cartola também se aproxima de Perillo, tucano como Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso, que estiveram no camarote da CBF no Maracanã, no domingo.

Enquanto mima aliados políticos, Marin desagrada sua comissão técnica.

Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira preferiam não ter que passar por Goiânia --sobretudo vindo do Rio e tendo Porto Alegre como próximo destino. A dupla conseguiu reduzir o tempo de permanência em Goiás.

Inicialmente prevista para duas semanas, agora será de apenas sete dias, divididos em duas passagens.

Perillo disse ontem que as críticas são "hipócritas" e "cínicas". "Gastaremos só 0,3% do que estão gastando os outros Estados que vão receber jogos da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. Este investimento vai ficar para o futebol de Goiás. Criticar é hipocrisia, é cinismo."


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